O presidente da Argentina, Javier Milei, defendeu mais uma vez Israel, cujos ataques na Faixa de Gaza deixaram milhares de civis mortos.
"Israel não está cometendo nenhum excesso", disse o presidente argentino durante uma entrevista com Andrés Oppenheimer, cuja prévia foi publicada pela CNN en Español.
Segundo Milei, "tudo o que [Israel] está fazendo, o faz dentro das regras do jogo", já que está apenas se defendendo: "Israel recebeu um ataque brutal e esse tipo de coisa exige respostas exemplares".
Além disso, lembrou que uma das coisas que fez desde o início, quando esse conflito estourou, foi "repudiar o ataque terrorista do grupo terrorista Hamas", expressar sua "solidariedade a Israel", bem como "endossar o direito à legítima autodefesa" desse país.
A posição de Milei, que chegou em uma visita a Israel no início de fevereiro, é mantida apesar do fato de que, na segunda-feira, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução pedindo um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, bem como a "libertação imediata e incondicional de todos os reféns".
Os EUA foram o único dos 15 membros do órgão a se abster, enquanto os demais votaram a favor da resolução.
O texto enfatiza "a necessidade urgente de expandir o fluxo de ajuda humanitária e fortalecer a proteção de civis em toda a Faixa de Gaza, e reitera sua exigência de que todas as barreiras à entrega de ajuda humanitária sejam removidas em escala".
Contraste
A posição de Milei contrasta com a de seu colega colombiano, Gustavo Petro, a quem chamou de "terrorista assassino" na entrevista.
O líder colombiano prometeu romper relações com Israel se o país não cumprir a resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre o cessar-fogo, ao mesmo tempo em que convidou "as nações do mundo" a tomar a mesma decisão.