Conselho de Segurança da ONU adota resolução exigindo cessar-fogo imediato em Gaza
O Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que pede um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza (Palestina), anunciou o secretário-geral da ONU, António Guterres, na segunda-feira, por meio de sua conta oficial na rede social X.
"O Conselho de Segurança acaba de aprovar uma resolução há muito esperada sobre Gaza, exigindo um cessar-fogo imediato e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns", afirmou António Guterres, secretário-geral da ONU. "Esta resolução deve ser implementada. O fracasso seria imperdoável", acrescentou.
Os Estados Unidos foram o único dos quinze membros do Conselho de Segurança da ONU a se abster, enquanto os demais votaram a favor da resolução, que "enfatiza a necessidade urgente de expandir o fluxo de ajuda humanitária e fortalecer a proteção de civis em toda a Faixa de Gaza, e reitera sua exigência de que todas as barreiras à entrega de ajuda humanitária sejam removidas em grande escala".
Pouco antes, Guterres havia realizado uma publicação na qual afirmava que os combates no enclave palestino deveriam chegar a um fim, e que os reféns deveriam ser libertados. "Um fim duradouro do conflito Israel-Palestina só poderá ocorrer através de uma solução de dois Estados".
Reação israelense
Após a notícia, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu cancelou uma viagem planejada a Washington por seus principais assessores Ron Dermer e Tzachi Hanegbi porque os EUA não vetaram a resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre o cessar-fogo em Gaza, de acordo com uma declaração do gabinete de Netanyahu citada pela mídia local.
O texto afirma que, com sua decisão, os EUA estão prejudicando as operações militares e a libertação dos reféns. Também descreve a posição como "um claro recuo da posição consistente dos EUA no Conselho de Segurança desde o início da guerra", e afirma que ela "dá esperança ao [movimento palestino] Hamas de que a pressão internacional permitirá que eles alcancem um cessar-fogo" sem libertar os prisioneiros israelenses.