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Líderes europeus discordam sobre o envio de tropas para Ucrânia

O mandatário francês afirmou que "não há consenso" sobre o envio de forças, mas "nada deve ser descartado".
Líderes europeus discordam sobre o envio de tropas para UcrâniaGettyimages.ru / Artur Widak/NurPhoto

Os líderes da União Europeia (UE) e da OTAN se reuniram nesta segunda-feira em Paris para discutir sua estratégia coletiva em relação à Ucrânia. Segundo informações, os dirigentes discordam sobre a possibilidade de enviar suas tropas para o território ucraniano.

O presidente francês Emmanuel Macron, citado pela mídia local, disse em uma coletiva de imprensa que "não há consenso hoje para enviar tropas para o terreno de forma oficial, assumida e endossada". "Mas, em termos dinâmicos, nada deve ser descartado", explicou.

Da mesma forma, Macron exortou a Europa a "adotar uma posição coletiva" contra a Rússia, destacando que o a reunião visa "mobilizar e examinar todos os meios para apoiar efetivamente a Ucrânia".

Entre outras coisas, o mandatário francês anunciou a criação de uma coalizão para fornecer a Kiev armas de longo alcance, que seriam usadas para realizar ataques "profundos" usando mísseis de médio e longo alcance, embora não tenha oferecido mais detalhes.

Enquanto isso, o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, garantiu que seu país não enviará suas forças para a Ucrânia, no entanto, reconheceu que vários países membros da OTAN e da UE "estão considerando" a possibilidade de enviar tropas "bilateralmente".

Igualmente, o primeiro-ministro da República Tcheca, Petr Fiala, também garantiu que seu país "obviamente não enviará tropas para a Ucrânia", informa o Novinky.cz.

A Grécia também não enviará suas forças para o território ucraniano, segundo o primeiro-ministro grego Kyriákos Mitsotákis, citado pela mídia local. Ele disse que, para Atenas e para a maioria de seus aliados, não há nenhuma questão de enviar tropas europeias ou da OTAN para Kiev. "Acho que esse debate também deturpa a essência de nossos esforços para apoiar a Ucrânia na prática neste momento", acrescentou.

Enquanto isso, o primeiro-ministro holandês Mark Rutte disse que o envio de tropas não era o foco das conversações desta segunda-feira, informa a Reuters.

Ao mesmo tempo, a Europa está dividida quanto à assistência militar ao país eslavo. Enquanto o ministro da Defesa da Estônia, Hanno Pevkur, propôs esvaziar ao máximo os estoques de munição dos países membros da UE e entregá-los à Ucrânia, o chanceler alemão Olaf Scholz rejeitou novamente o fornecimento de mísseis Taurus ao exército ucraniano devido ao risco de arrastar seu país para um confronto direto com a Rússia.