O líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, é contra a redução da idade de mobilização para 18 anos, afirmou em uma entrevista à Sky News.
"Alguém me pediu, e não quero lhe dizer a posição de alguns líderes na Europa sobre mobilização, que 'precisamos de pessoas mais jovens' e etc., e eu disse: 'O que eles querem, querem que eles morram sem suas armas?'", afirmou Zelensky.
As observações foram feitas após a mídia norte-americana informar que o governo Biden havia pedido a Kiev que reduzisse a idade de recrutamento para o exército de 25 para 18 anos.
Zelensky enfatizou que o Exército ucraniano enfrenta um problema de equipamento. "Eles [os parceiros] falam sobre mobilização, mas o problema real são as dez brigadas que nossos parceiros não equiparam. Eu pedi a eles, há mais de um ano, que precisávamos equipar essas brigadas. Fizemos essa solução com os EUA e com os aliados europeus e, até o momento, a Europa e os EUA equiparam totalmente duas brigadas e meia", explicou.
"Se os escritórios europeus ou americanos acharem que algo diferente deve ser feito com relação à idade de alistamento, quero apenas pedir aos nossos parceiros que façam o trabalho deles e nós faremos o nosso", acrescentou o líder do regime de Kiev.
Mobilização forçada
Nos últimos meses inúmeros são os relatos de mobilização forçada de homens na Ucrânia. Circulam fotos e vídeos de comissários militares capturando à força quem potencialmente pode servir como soldados, agarrando-os pelos braços e pés na rua, e arrastando-os para fora do transporte público ou de suas casas.
Para compensar as baixas na frente de batalha, Zelensky assinou um projeto de lei em abril que reduz a idade de alistamento de 27 para 25 anos, amplia os poderes dos oficiais de alistamento, além de introduzir penalidades para os que fogem do alistamento.
A maioria dos homens com idade entre 18 e 60 anos não pode deixar o país, e Kiev proibiu serviços consulares para ucranianos em idade de alistamento que estejam no exterior.