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Aprovar um exame ou ser mobilizado: a nova medida para que estudantes na Ucrânia reabasteçam as fileiras

Os estudantes estão entre os grupos que podem adiar o serviço militar, mas as autoridades agora querem identificar aqueles que ingressaram nas universidades para evitar a mobilização.
Aprovar um exame ou ser mobilizado: a nova medida para que estudantes na Ucrânia reabasteçam as fileirasLegion-media.ru / Ashley Chan/SOPA Images/LightRocket

Os estudantes de pós-graduação das universidades da Ucrânia serão obrigados a fazer um exame de meio semestre para que as autoridades possam identificar aqueles que foram estudar para evitar serem mobilizados e enviados ao fronte.

Segundo a lei ucraniana, os estudantes de pós-graduação estão entre aqueles que podem adiar o serviço militar, motivo pelo qual o número de pessoas que cursam esses estudos nas faculdades aumentou significativamente desde o início das hostilidades. Porém, agora, se não forem aprovados em um exame após seu ingresso, perderão o adiamento e poderão ser mobilizados.

O vice-ministro da Educação ucraniano, Mikhail Vinnitsky, confirmou que a medida entrará em vigor em um "futuro próximo" para identificar os estudantes acima de 25 anos. Vale lembrar que, em meio a uma grave escassez de soldados, as autoridades aprovaram recentemente uma polêmica lei que endurece a mobilização militar e reduz a idade de elegibilidade para ir ao fronte de batalha de 27 para 25 anos.

"Infelizmente, nem todos os nossos alunos de pós-graduação estão conscientes. Se uma pessoa torna-se estudante de pós-graduação por outros motivos [para obter adiamento e evitar a mobilização], pode ter dificuldades. Agora existe um problema no país: os estudos de pós-graduação tornaram-se uma forma de evitar certas responsabilidades. Temos que corrigir essa situação", declarou Vinnitsky.

Como parte das medidas para mobilizar mais pessoas para o campo de batalha, o Ministério da Defesa ucraniano atualizou as normativas de mobilização, incluindo aquelas relativas a doenças, que determinam a elegibilidade para o serviço militar. Assim, agora poderão ser mobilizadas as pessoas com transtornos mentais, câncer ou tuberculose, entre outras.