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Israel acusa Petro de apoiar "terroristas do Hamas" por pedir um cessar-fogo

O mandatário colombiano disse que poderia romper relações com Tel Aviv se o país não cumprisse a resolução da ONU, que exige o fim dos ataques à população de Gaza.
Israel acusa Petro de apoiar "terroristas do Hamas" por pedir um cessar-fogoGettyimages.ru / Ken Ishii - Pool

O Governo de Israel acusou o presidente colombiano Gustavo Petro de apoiar os "terroristas do Hamas" por reiterar sua exigência de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, em conformidade com uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU).

"O apoio do presidente colombiano Gustavo Petro aos terroristas do Hamas que massacraram e cometeram crimes sexuais horríveis contra bebês, mulheres e adultos é uma vergonha para o povo colombiano", escreveu o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, em sua conta no X.

Sua mensagem foi publicada depois que Petro, por meio da mesma rede social, prometeu romper relações diplomáticas com Israel se esse país não cumprir a resolução de cessar-fogo imediato aprovada no dia anterior pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. 

Anteriormente, Petro comemorou a adoção da resolução e convidou "as nações do mundo que, se Israel quebrar esse cessar-fogo, as relações diplomáticas com esse país serão rompidas".

Em sua mensagem, Katz deixa claro que Tel Aviv não cumprirá o que foi aprovado na ONU e minimiza a importância da advertência do líder colombiano: "Israel continuará a proteger seus cidadãos e não cederá a nenhuma pressão ou ameaça".

A resolução

Na segunda-feira, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução exigindo um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza (Palestina), bem como a "libertação imediata e incondicional de todos os reféns".

Os Estados Unidos foram o único dos quinze membros do Conselho de Segurança da ONU a se abster, enquanto os demais votaram a favor da resolução, que "enfatiza a necessidade urgente de expandir o fluxo de ajuda humanitária e fortalecer a proteção de civis em toda a Faixa de Gaza, e reitera sua exigência de que todas as barreiras à entrega de ajuda humanitária sejam removidas em grande escala".