Israel acusa Petro de apoiar "terroristas do Hamas" por pedir um cessar-fogo
O Governo de Israel acusou o presidente colombiano Gustavo Petro de apoiar os "terroristas do Hamas" por reiterar sua exigência de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, em conformidade com uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU).
"O apoio do presidente colombiano Gustavo Petro aos terroristas do Hamas que massacraram e cometeram crimes sexuais horríveis contra bebês, mulheres e adultos é uma vergonha para o povo colombiano", escreveu o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, em sua conta no X.
The President of Colombia @petrogustavo’s support of the Hamas terrorists who massacred and committed horrific sexual crimes against babies, women and adults is a disgrace to the Colombian people. Israel will continue to protect its citizens and will not give in to any pressure… https://t.co/auv91vr6Hi
— Israel Foreign Ministry (@IsraelMFA) March 26, 2024
Sua mensagem foi publicada depois que Petro, por meio da mesma rede social, prometeu romper relações diplomáticas com Israel se esse país não cumprir a resolução de cessar-fogo imediato aprovada no dia anterior pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Anteriormente, Petro comemorou a adoção da resolução e convidou "as nações do mundo que, se Israel quebrar esse cessar-fogo, as relações diplomáticas com esse país serão rompidas".
Em sua mensagem, Katz deixa claro que Tel Aviv não cumprirá o que foi aprovado na ONU e minimiza a importância da advertência do líder colombiano: "Israel continuará a proteger seus cidadãos e não cederá a nenhuma pressão ou ameaça".
A resolução
Na segunda-feira, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução exigindo um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza (Palestina), bem como a "libertação imediata e incondicional de todos os reféns".
Os Estados Unidos foram o único dos quinze membros do Conselho de Segurança da ONU a se abster, enquanto os demais votaram a favor da resolução, que "enfatiza a necessidade urgente de expandir o fluxo de ajuda humanitária e fortalecer a proteção de civis em toda a Faixa de Gaza, e reitera sua exigência de que todas as barreiras à entrega de ajuda humanitária sejam removidas em grande escala".