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Rússia faz uma séria advertência à França sobre a ideia de enviar tropas para a Ucrânia

O Ministério das Relações Exteriores russo aconselha a "não testar a preparação do país para uma resposta adequada e dura".
Rússia faz uma séria advertência à França sobre a ideia de enviar tropas para a UcrâniaGettyimages.ru / Cem Ozdel/Anadolu

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, comentou esta semana sobre as insinuações do presidente da França, Emmanuel Macron, sobre a possibilidade de enviar tropas ocidentais para a Ucrânia.

Nesse contexto, Grushko advertiu: "Não aconselharíamos ninguém [...] a testar a prontidão de nosso país para uma resposta adequada e dura".

O alto funcionário ainda observou que o risco de um conflito nuclear "aumentará drasticamente se alguns países da OTAN tentarem abertamente entrar na Ucrânia individualmente ou em coalizão, como afirma o presidente francês Emmanuel Macron". 

Ucrânia à beira do colapso

O mandatário francês afirmou recentemente que "a Ucrânia pode entrar em colapso muito em breve". Segundo uma fonte citada pelo jornal Politico, Macron fez essa afirmação durante um jantar privado em um evento político no Palácio Elysee, em Paris.

"Agora é o momento de comentar em vez de mobilizar, eu gostaria que isso mudasse", disse Macron, segundo uma pessoa com conhecimento do assunto. "Precisamos realmente assumir o controle das tropas, mobilizar muito mais", acrescentou.

Tropas francesas na Ucrânia

No início de março, o ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski, afirmou que alguns países da OTAN já haviam enviado forças para a Ucrânia, dizendo que a presença delas no país não era "impensável". Dessa forma, o chanceler polonês apoiou as declarações do presidente francês, que havia sugerido anteriormente a possibilidade de enviar tropas ocidentais para o território ucraniano.

Em fevereiro, Macron disse que o envio de tropas ocidentais para a Ucrânia não deveria ser descartado, gerando polêmica na UE. O presidente insistiu em sua ideia, indicando que "a Rússia não pode e não deve vencer essa guerra", que ele descreveu como "existencial" para a França.

O Kremlin advertiu que, se o Ocidente enviar suas forças militares para a Ucrânia, um conflito direto entre a Rússia e a OTAN não poderá ser evitado.