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Macron já está preparando militares franceses para enviá-los "para o massacre" na Ucrânia, diz a Rússia

Segundo a inteligência estrangeira russa, o Exército francês, por sua vez, já está "visivelmente preocupado com o número crescente de franceses mortos" na Ucrânia, mas as autoridades ocultam o número de vítimas para evitar a indignação pública.
Macron já está preparando militares franceses para enviá-los "para o massacre" na Ucrânia, diz a RússiaGettyimages.ru / Andreea Campeanu

Paris já está se preparando para enviar um contingente de militares franceses para a Ucrânia, mas esses planos preocupam a liderança militar do país, uma vez que o número de franceses mortos no campo de batalha já aumentou acentuadamente, disse o chefe do Serviço de Inteligência Estrangeira da Rússia (SVR, nas siglas em inglês), Sergey Naryshkin.

Segundo um comunicado publicado nesta terça-feira pelo serviço de imprensa da agência russa, um contingente de cerca de 2.000 soldados já está sendo preparado na França para ser enviado à Ucrânia. Ao mesmo tempo, os militares franceses temem que uma unidade tão grande não possa ser deslocada para o país de forma discreta e possa se tornar um "alvo legítimo e prioritário" para os ataques russos.

"O Exército francês está visivelmente preocupado com o aumento do número de franceses mortos no teatro de operações ucraniano", diz o texto, citando como exemplo um ataque russo em janeiro a um local temporário de mercenários estrangeiros, a maioria dos quais eram franceses, na cidade ucraniana de Kharkov. O texto observa que até mesmo o Ministério da Defesa francês admite extraoficialmente que as Forças Armadas francesas não sofreram tantas baixas no exterior desde a guerra de independência da Argélia.

"Macron terá que revelar a verdade desagradável mais cedo ou mais tarde" 

Naryshkin sinalou que as autoridades francesas "ocultam cuidadosamente" tanto o fato da participação de seus militares nas hostilidades quanto o número de vítimas. Isso força os órgãos relevantes a buscar uma solução para o problema de enterrar os mortos, pagar indenizações às famílias e pagar pensões aos deficientes.

"[Emmanuel] Macron terá que revelar a verdade desagradável mais cedo ou mais tarde, mas tentará adiar as 'confissões' o máximo possível. Como diz o Palácio do Eliseu, o número de franceses mortos 'já ultrapassou um nível psicologicamente significativo'", acrescentou, observando que a divulgação desses dados poderia provocar protestos em massa, especialmente em meio a protestos antigovernamentais de agricultores.

Além disso, a liderança militar francesa também está expressando temores de descontentamento entre os oficiais de nível médio, já que seu número entre os mortos é "desproporcional". "No entanto, os atuais líderes do país não se importam com as mortes de franceses comuns ou com as preocupações dos generais", enfatizou.