"Esperamos poder implementá-lo": Peru analisa a aplicação do modelo prisional salvadorenho

O chefe da presidência do Conselho de Ministros (PCM) do Peru, Alberto Otárola, afirmou nesta quinta-feira que o Governo pretende replicar em seu país o modelo prisional de El Salvador, apesar das reclamações das organizações de direitos humanos.

Em uma coletiva de imprensa, Otárola detalhou que o chefe de Justiça e Direitos Humanos, Eduardo Arana, viajou ao país centro-americano para conhecer de primeira mão e avaliar essa estratégia penitenciária.

"Ele foi enviado para conhecer a realidade da logística carcerária nesse país", disse Otárola, destacando que El Salvador construiu "uma infraestrutura adequada, moderna e eficiente para os prisioneiros mais violentos e perigosos em particular".

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Otárola ainda indicou que Arana terá reuniões com o setor de Justiça de El Salvador "sobre a viabilidade dessas prisões", que esperam poder implementar no Peru.

"Esperamos poder implementá-lo aqui no Peru, pois temos uma superpopulação de prisões", disse o chefe de gabinete.

Mais prisões

O Governo de Dina Boluarte publicou nesta quinta-feira um decreto supremo para garantir a implementação da política penitenciária nacional no Peru até 2030, que prevê, entre outras coisas, uma redução significativa na superlotação das prisões.

"Quase 100.000 presos, metade deles ou um pouco menos, não têm uma sentença e estamos muito preocupados com os presos por crimes violentos que poderiam continuar a usar a prisão para extorsão", disse Otárola. "Exigimos a construção de mais prisões para esses prisioneiros", acrescentou.

Por fim, Otárola disse que nas próximas semanas eles apresentarão "um relatório muito concreto sobre o assunto".