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Equador construirá duas prisões de segurança máxima no estilo de Bukele

"Para todos os 'bukelelovers', é a mesma prisão; se eles quiserem ir, dar uma volta, conhecer, ficar uma noite, eles podem ir, cometer um crime", disse o presidente equatoriano Daniel Noboa.
Equador construirá duas prisões de segurança máxima no estilo de BukeleLegion-media.ru / Agencia Prensa-Independiente

O presidente do Equador, Daniel Noboa, anunciou nesta quinta-feira que em menos de um ano serão construídas duas novas prisões no país, no mesmo estilo das construídas pela administração de Nayib Bukele em El Salvador. 

"Elas estarão prontas em 10 ou 11 meses, serão iguais, porque é a mesma empresa, com o mesmo projeto, que construiu as prisões de segurança máxima no México e em El Salvador. Então, para todos os 'bukelelovers', é a mesma prisão; se eles quiserem ir, dar uma volta, conhecer, ficar uma noite, eles podem ir, cometer um crime", disse Noboa em uma entrevista à Radio Sucre. 

O presidente revelou que uma das prisões será construída na província de Pastaza, na Amazônia equatoriana, enquanto a outra será na paróquia rural de Julio Moreno, em Santa Elena, na região costeira. Noboa justificou a decisão de escolher esses locais, ressaltando que "são as áreas de menor influência" dos "grupos narcoterroristas".

"São prisões para que haja uma segmentação, um isolamento adequado das pessoas", acrescentou o presidente na entrevista.

Ele também disse que na próxima quinta-feira, 11 de janeiro, o contrato será assinado e a "primeira pedra" do centro de reabilitação a ser construído em Pastaza será colocada, como parte de uma nova "reforma prisional" que foi anunciada no mês passado.

Noboa esclareceu que a construção dessas prisões faz parte do 'Plano Fênix', com o qual pretende reduzir a violência que assola o país.

Nos últimos anos, as prisões do país andino têm sido palco de massacres entre detentos que lutam pelo controle das prisões e que, segundo as autoridades, transferiram essas disputas para o território em eventos relacionados ao tráfico de drogas e ao crime transnacional.