![ONU adverte que Julian Assange pode ser torturado se extraditado para os EUA](https://mf.b37mrtl.ru/brmedia/images/2024.02/thumbnail/65c4b76b1eb2178135060a94.jpg)
Snowden critica o "ultrajante 'julgamento'" de Julian Assange em Londres
![Snowden critica o "ultrajante 'julgamento'" de Julian Assange em Londres](https://mf.b37mrtl.ru/brmedia/images/2024.02/thumbnail/65d508728ea30e258f07c2f9.jpg)
O ex-analista da Agência de Segurança Nacional dos EUA e da CIA Edward Snowden, que vive em asilo na Rússia desde 2013, quando expôs a espionagem digital maciça de Washington sobre seus cidadãos, condenou nesta terça-feira os "intermináveis processos judiciais" que estão sendo realizados em Londres para extraditar o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, para os EUA.
"A parte ultrajante do 'julgamento' de anos do Reino Unido para condenar Julian Assange a morrer em um calabouço norte-americano é que a vítima de seu 'crime' (jornalismo) é um Estado e não uma pessoa, a definição de crime político, que o tratado de extradição entre os EUA e o Reino Unido proíbe explicitamente", escreveu Snowden nas redes sociais.
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O ativista australiano é procurado pelas autoridades dos EUA por 18 acusações relacionadas à publicação pelo WikiLeaks de grandes quantidades de arquivos militares confidenciais dos EUA e cabos diplomáticos.
A audiência sobre a possível entrega de Assange aos EUA será realizada em 20 e 21 de fevereiro no Tribunal Superior de Londres. Se extraditado, o fundador do WikiLeaks poderia ser condenado até 175 anos de prisão por ter denunciado crimes de guerra dos EUA.
Um tribunal inicialmente rejeitou o pedido de extradição, argumentando que Assange poderia cometer suicídio ou ser submetido a tratamento desumano nos EUA. No entanto, Washington recorreu com sucesso da decisão e ofereceu garantias a Londres de que os direitos do réu seriam respeitados.