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Tucker Carlson: A Ucrânia não pode derrotar a Rússia nem com apoio do Ocidente

O prolongamento do conflito causará uma maior degradação da economia ocidental e mais ucranianos mortos, adverte o jornalista norte-americano.
Tucker Carlson: A Ucrânia não pode derrotar a Rússia nem com apoio do OcidenteGettyimages.ru / Jason Koerner / Stringer

As Forças Armadas da Ucrânia são incapazes de derrotar as tropas russas e centenas de bilhões de dólares de apoio ocidental também não lhes ajudarão a fazê-lo, afirma o jornalista Tucker Carlson.

Em declarações feitas previamente na entrevista com o senador norte-americano J.D. Vance, o ex-apresentador da Fox News argumentou que "a Ucrânia não tem a capacidade industrial [necessária], nem a OTAN ou os EUA a possuem", lembrando que "a Rússia conta com 100 milhões de pessoas a mais de população" do que a Ucrânia.

"E isso significa que um maior apoio de Ocidente aos militares ucranianos causará apenas mais ucranianos mortos e uma maior degradação da economia ocidental, particularmente nos Estados Unidos e na Alemanha. Portanto, não trata-se apenas de um empreendimento insano, mas de autodestruição. É uma loucura, é cruel, isso é instigar o assassinato de toda uma geração de ucranianos", afirmou Carlson.

No entanto, ele lembrou que a Administração de Biden decidiu, há várias semanas, desembolsar outros 60 bilhões de dólares à Ucrânia, e que seus esforços resultaram em um projeto de lei que está atualmente no Senado.

Por outro lado, indicou que trata-se de fundos para o Governo ucraniano, "que é tão corrupto quanto autoritário". "Cancelou eleições, proibiu uma confissão cristã inteira e matou um jornalista norte-americano por prestar atenção a essas coisas", denunciou.

Por sua vez, Vance, senador republicano do estado norte-americano de Ohio, contou que na segunda-feira seus aliados no Senado tentarão romper a aliança dos democratas com 17 republicanos e prejudicar a votação com o objetivo de bloquear o polêmico projeto, um resultado que considera mais provável na Câmara dos Representantes.

"Amarrar as mãos de um futuro presidente Trump"

O senador destacou que, além de financiar "uma guerra sem esperança na Europa Oriental que dizimará a população ucraniana ainda mais do que já foi dizimada", o projeto pretende financiar a Ucrânia também além de 2024, o que é "o ponto mais importante".

Nesse sentido, o novo presidente que será conhecido em 2024 "estaria algemado pelas promessas que estamos fazendo na lei para a Ucrânia hoje", explicou.

O ex-presidente Donald Trump, pré-candidato republicano favorito à Presidência, declarou em várias ocasiões que, se vencer as eleições deste ano, poderá resolver a crise na Ucrânia em 24 horas. No entanto, argumenta Vance, se Trump retirasse ou congelasse o apoio financeiro à Ucrânia para levar o conflito a uma resolução pacífica, os democratas aproveitariam a oportunidade para desafiá-lo da mesma forma que já o submeteram a um "impeachment" em 2019.

"O Washington Post já disse, baseando-se em vazamentos desde dentro da comunidade de inteligência, que o objetivo dessa legislação é amarrar as mãos de um futuro presidente Trump", mencionou o senador.