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"Novo começo": Zelensky admite que poderia demitir o seu militar de máximo escalão
"Tenho algo sério em mente, que não é sobre uma pessoa, mas sobre a direção da liderança do país", disse ele em resposta a uma pergunta.
O presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, deu a entender no domingo que poderia demitir o chefe das forças armadas do país, general Valeri Zaluzhny, em uma entrevista ao canal italiano RAI News.
Em resposta a uma pergunta sobre o assunto, o presidente disse que acredita ser necessário renovar o pessoal de todo o aparato administrativo do país, não apenas de seu componente militar. "Tenho algo sério em mente, que não é sobre uma pessoa, mas sobre a direção da liderança do país", disse ele.
"É uma questão de preocupação para as pessoas que devem liderar a Ucrânia. Certamente há a necessidade de um reinício, um novo começo", disse Zelensky. "Refiro-me a uma substituição de vários líderes estatais, não apenas em um único setor, como o militar. Estou refletindo sobre essa substituição", acrescentou.
Nesse sentido, Zelensky afirmou que não se deve permitir que o clima de decadência prevaleça no país. "Se quisermos vencer, devemos empurrar todos na mesma direção, convencê-los a vencer, não devemos desanimar, não devemos baixar as mãos, devemos ter a energia positiva certa [...] É por isso que estou falando em reiniciar, substituir", explicou.
As tensões entre o presidente e o chefe das forças armadas da Ucrânia vinham crescendo há algum tempo e aumentaram em novembro do ano passado, quando Zaluzhny afirmou em uma entrevista que a Rússia estava em uma posição melhor no conflito armado, enquanto descrevia a situação na linha de frente como um "impasse". Por sua vez, Vladimir Zelensky expressou sua discordância com o chefe militar.
As novas declarações do presidente ocorrem em meio a vários relatos sobre a possível demissão de Zaluzhny. Enquanto isso, crescem as acusações de que o líder ucraniano está abusando de seu poder para eliminar a oposição no país.