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"É uma punição coletiva": Lavrov sobre os cortes de financiamento da UNRWA
Ministro das Relações Exteriores da Rússiadisse esperar "que a liderança da ONU levante essas questões em seus contatos com os representantes israelenses".
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse nesta terça-feira que as alegações contra funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) sobre suas supostas ligações com o ataque do Hamas a Israel devem ser investigadas para evitar o sofrimento de pessoas inocentes.
"Se tais acusações existem, elas precisam ser investigadas", afirmou o ministro das Relações Exteriores, em uma coletiva de imprensa. "Desde o início, quando condenamos o ataque terrorista de 7 de outubro, dissemos claramente que é necessário combater o terrorismo em todas as suas manifestações. Mas combatê-lo com meios que, por sua vez, não violem o direito internacional humanitário", enfatizou.
"O que aconteceu e está acontecendo é uma punição coletiva proibida pelo direito internacional humanitário [...]Se a investigação for realizada, então os fatos serão conhecidos. Mas se a investigação for substituída por punição coletiva tanto para a UNRWA quanto, o mais importante, para aqueles a quem a UNRWA forneceu assistência inestimável, então acho que essa é a decisão errada", disse o funcionário sênior.
A esse respeito, o ministro disse esperar "que a liderança da ONU levante essas questões em seus contatos com os representantes israelenses".
Os comentários de Lavrov seguem a decisão de vários países de suspender a ajuda financeira à UNRWA devido a suspeitas de ligações de seus funcionários com o movimento palestino Hamas.