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Fumaça de incêndios na Amazônia chega à Argentina, com sérios riscos à saúde

Dentre outras possíveis consequências alertadas pelas autoridades do país, está o fenômeno da "chuva negra".
Fumaça de incêndios na Amazônia chega à Argentina, com sérios riscos à saúdeRede social X / @jer75397

Uma cortina de fumaça proveniente dos incêndios na Amazônia está afetando o ar em grande parte da Argentina. Devido à situação, as autoridades do país fizeram um alerta na segunda-feira à população sobre os riscos à saúde respiratória.

"A semana começa com a presença de fumaça", informou o Serviço Meteorológico Nacional (SMN), que emitiu um alerta para 14 províncias da região norte e central do país, incluindo Buenos Aires.

Em resposta ao alerta emitido pelo Serviço Meteorológico Nacional, o Ministério da Saúde recomendou que os cidadãos evitassem a exposição à fumaça, suspendessem atividades ao ar livre, e reduzissem a entrada de ar poluído em ambientes fechados, mantendo janelas fechadas, entre outras medidas.

De acordo com o Ministério da Saúde, a presença de fumaça pode afetar "especialmente pessoas com doenças respiratórias crônicas, como asma e alergias, ou doenças cardiovasculares, dentre outras comorbidades".

"Chuva negra"

Soma-se a isso a chegada de uma possível "chuva negra", um fenômeno atmosférico que ocorre quando a fumaça, a fuligem e a umidade do ar se misturam e se precipitam em forma de chuva.

O Instituto Uruguaio de Meteorologia (Inumet) emitiu um relatório na segunda-feira que corrobora o evento climático: "Foram registradas chuvas em algumas localidades do norte do país, o que favoreceu que as partículas de fumaça dos incêndios chegassem à superfície, fazendo com que a água da chuva ficasse turva; [O fenômeno foi] confirmado por vários vídeos e fotos enviados por usuários".

A fumaça gerada pelos incêndios florestais na Amazônia, principalmente no Brasil, se espalhou para outros países da América do Sul, afetando diversas regiões.

No momento, além do Brasil, há focos ativos na Bolívia, Paraguai, Equador e na província argentina de Córdoba. No Brasil, as chuvas escassas e as altas temperaturas estão agravando a situação.