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Armas, explosivos e telefones celulares: os resultados das recentes intervenções nas prisões do Equador

A presidência equatoriana informou que, de 9 de janeiro, 4.488 pessoas foram presas, 237 delas sob a acusação de "terrorismo".
Armas, explosivos e telefones celulares: os resultados das recentes intervenções nas prisões do EquadorTwitter/FFAAECUADOR

Desde 8 e 9 de janeiro, quando o presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou estado de emergência e declarou um "conflito armado interno" no país sul-americano, as prisões têm sido objeto de intervenções de membros das Forças Armadas e da Polícia Nacional.

O Serviço Nacional de Atenção Integral a Adultos Privados de Liberdade e Adolescentes Infratores (SNAI), órgão responsável pelas prisões, informou que essas operações continuaram nesta segunda-feira e no último fim de semana.

A intervenção mais recente foi realizada nesta segunda-feira no Centro de Privación de Libertad (CPL) Guayas No. 1, também conhecido como Penitenciária do Litoral ou 'La Peni', localizado na cidade de Guaiaquil, província de Guayas.

O Comando Conjunto das Forças Armadas informou que, nessa ocasião, foi encontrado "um cofre" com um fuzil, três espingardas, 30 bastões de explosivos, uma granada fragmentada, munição, drogas, um rádio e um 'playstation' no bloco de celas 10 dessa prisão, onde se acredita que estejam presos os membros de uma organização criminosa chamada Máfia Duende.

Anteriormente, no domingo, nesse mesmo centro penitenciário, membros das Forças Armadas encontraram nove granadas de 40 milímetros, uma pistola, 60 cartuchos de munição de diferentes calibres, nove telefones celulares e substâncias controladas.

No sábado, três pistolas, 489 cartuchos de munição e terminais móveis foram apreendidos na Penitenciária do Litoral. 

Operações no fim de semana

Também no domingo, a CPL Guayas No. 5 foi intervenida. O Exército equatoriano, encarregado da operação, explicou que foram encontrados 65 telefones celulares, 11 modems, três armas brancas, sete chips telefônicos, além de pacotes com drogas.

Também no domingo, a CPL Chimborazo No. 1, no centro-sul do país, foi intervenida. Policiais descobriram uma arma de fogo, dois bastões de explosivos, quatro cápsulas comuns (iniciador de explosivos), 200 litros de bebida alcoólica caseira, várias armas afiadas, um colete à prova de balas, sete televisores, uma geladeira, vários instrumentos musicais, uma câmera, quatro relógios de mão de marcas diferentes, três chips novos de telefone celular, 40 telefones celulares e dinheiro.

Além disso, com a ajuda de cães treinados, foram encontradas "mais de 1.000 gramas de substâncias controladas", possivelmente maconha e cocaína, que estavam escondidas em pisos falsos, paredes e esconderijos feitos pelos prisioneiros.

Da mesma forma, na CPL Cotopaxi No. 1, no centro do Equador, foram encontrados 314 cartuchos de munição de 9 milímetros, 106 telefones celulares, 49 armas brancas, uma televisão, 120 doses de drogas e garrafas de bebida alcoólica.

Guerra contra o crime

Por outro lado, como parte da guerra contra o crime declarada há três semanas, a presidência do Equador informou que, de 9 de janeiro, 4.488 pessoas foram presas, 237 delas sob a acusação de "terrorismo". Além disso, seis supostos "terroristas" foram mortos.

Desde então, foram realizadas 55.054 operações, nas quais, além das prisões, 34 prisioneiros que haviam fugido foram recapturados e 1.497 armas de fogo, 1.935 armas brancas, 981 alimentos, 75.541 cartuchos de munição e 5.288 explosivos foram apreendidos.

Mais de 40.000 quilos de drogas e 28 barcos também foram apreendidos, além da recuperação de 856 veículos e 566 motocicletas.