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"Um dos principais desafios ao desenvolvimento": Brasil apresenta na ONU o ODS 18, focado na igualdade racial

"Estamos comprometidos com a construção de um mundo mais próspero para todos e que não deixe ninguém para trás", disse o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo.
"Um dos principais desafios ao desenvolvimento": Brasil apresenta na ONU o ODS 18, focado na igualdade racialX / @MarcioMacedoPT

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, na terça-feira, durante um debate sobre igualdade étnico-racial na Organização das Nações Unidas (ONU), apresentou a experiência do Brasil com a criação de um décimo oitavo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) focado na igualdade racial.

"O Brasil propõe um décimo oitavo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) focado na igualdade racial, reconhecendo que o racismo estrutural é um dos principais desafios ao desenvolvimento", disse o ministro, lembrando que a proposta foi anunciada pelo presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, na 78ª Assembleia geral da ONU em 2023, com o objetivo de "enfrentar a discriminação racial, a xenofobia e a intolerância, contribuindo para um desenvolvimento sustentável mais justo e inclusivo".

Macêdo participou de um evento paralelo ao Forúm Político de Alto Nível, na sede da ONU em Nova York, que acontece entre os dias 15 e 17 de julho, com foco na igualdade étnico-racial na Agenda 2030.

O evento também teve a presença da secretária-executiva do Ministério da Igualdade Racial, Roberta Eugênio, e da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, de forma virtual, além de outras autoridades brasileiras.

Macêdo ainda destacou o retorno do país à agenda internacional de desenvolvimento sustentável e a reconstrução da sua "democracia, suas políticas públicas e sua participação social".

"Estamos comprometidos com a construção de um mundo mais próspero para todos e que não deixe ninguém para trás. Não é possível que, em pleno século 21, pessoas ainda julguem seus pares a partir de seu tom de pele, traços físicos, gênero ou idade", declarou.

Por sua vez, a ministra da Igualdade Racial, Roberta Eugênio, comentou que a criação de um novo ODS tem sido muito desafiador, mas gratificante. "Nosso país amadureceu para compreender que não é possível promover um desenvolvimento sem que haja a promoção da igualdade étnico-racial e o enfrentamento às distorções e iniquidades", disse.

"A adoção do ODS-18 representa um compromisso de alto nível do Brasil para combater o racismo e a desigualdade étnica e racial, o que significa que precisamos colocar o combate à desigualdade no centro de nossas iniciativas, especialmente no que diz respeito às populações negras e indígenas, e faremos isso como estratégia para o desenvolvimento sustentável", destacou.