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"Não abra as portas para o diabo": conselho de Maduro a Noboa sobre a presença militar dos EUA no Equador

Uma delegação de autoridades dos EUA está atualmente no país sul-americano para discutir questões de segurança em meio à escalada da violência.
"Não abra as portas para o diabo": conselho de Maduro a Noboa sobre a presença militar dos EUA no EquadorGettyimages.ru / Carolina Cabral

O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, pediu na segunda-feira que seu colega equatoriano, Daniel Noboa, não permita a presença de tropas americanas no país, dizendo que a medida só levará ao "caos e à violência".

"Não abra as portas de seu país para o diabo. Diga-me, presidente Noboa, povo do Equador, existe algum país no mundo em que os Estados Unidos tenham ajudado a estabilizá-lo?", disse o líder venezuelano, referindo-se à visita de uma delegação de altos funcionários do Governo dos EUA a Quito para discutir questões de segurança.

Segundo o mandatário venezuelano, nos países onde os militares dos EUA chegam, o caos é imposto. "Não será o Comando Sul [...] que trará a paz e a verdadeira segurança, com total respeito à Constituição, para o povo do Equador". Maduro enfatizou que os EUA buscam se apoderar das riquezas dos países, "colocam suas garras" e onde o Comando Sul aparece, "chega o caos, a violência e mais tráfico de drogas", disse.

No início do dia, foi noticiado que a delegação, que inclui a chefe do Comando Sul, Laura Richardson, está visitando o Equador para brindar "apoio ao Governo do Equador em sua luta contra o crime organizado".

Na semana passada, o presidente equatoriano disse que as autoridades dos EUA estavam dispostas a colaborar na "guerra" contra o crime - declarada há duas semanas - e que Quito receberia esse apoio "de bom grado".