Notícias

Noboa diz que o Equador receberá "pacote de ajuda" dos EUA para combater o crime organizado

O presidente do Equador, Daniel Noboa, disse na terça-feira que as autoridades dos EUA estão dispostas a colaborar em sua "guerra" contra o crime, declarada na semana passada pelo governo equatoriano.
Noboa diz que o Equador receberá "pacote de ajuda" dos EUA para combater o crime organizadoLegion-media.ru / Agencia Prensa-Independiente / Boris Romoleroux

O presidente do Equador, Daniel Noboa, garantiu nesta terça-feira que as autoridades dos Estados Unidos estão prontas para colaborar em sua "guerra" contra a criminalidade, declarada na semana passada pelo Governo equatoriano.

De acordo com o presidente em entrevista à CNN, a comandante do Comando Sul dos EUA, Laura Richardson, visitará o país sul-americano nos próximos dias com uma comitiva para fazer contato com as forças armadas e a polícia local, embora a data ainda não tenha sido confirmada.

"Ainda não temos uma ideia clara do pacote de ajuda que estará disponível, temos que discuti-lo porque há necessidades para manter essa guerra e necessidades de estabilidade econômica", reconheceu o chefe de Estado, que enviou à Assembleia Nacional uma série de leis econômicas de emergência para resolver o confronto com o crime organizado.

"Aceitaria de bom grado a cooperação dos EUA. Precisamos de equipamentos, precisamos de armas, precisamos de inteligência, e acho que esse é um problema global. Não é apenas no Equador, é um problema que vai além das fronteiras", manifestou Noboa à jornalista Christiane Amanpour.

De acordo com o presidente, "cerca de 35 a 40% das drogas que saem do Equador vão para os EUA e outra porcentagem semelhante para a Europa". Nesse sentido, ele ressaltou que a questão deve ser tratada como um assunto de interesse "internacional" e que se deve buscar "cooperação".

Advertência de Maduro

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, advertiu seu colega equatoriano na segunda-feira sobre as ações perigosas do Comando Sul dos EUA se permitir que os militares norte-americanos assumam o controle das forças de segurança do Equador.

Em sua mensagem anual da Assembleia Nacional da Venezuela, Maduro denunciou que Washington pretende "colocar uma base militar lá novamente", uma ação que significaria "uma violação da soberania da América do Sul" e que, além disso, não seria uma "solução".

"Presidente Noboa, se você quer ter um sistema de segurança e um sistema penitenciário, procure-nos, não procure o Comando Sul, o que o Comando Sul vai fazer é intervencionismo, colonialismo", disse o presidente venezuelano.