Seita negou insulina a uma menina e orou enquanto ela estava morrendo

O Supremo Tribunal do estado australiano de Queensland, sediado na cidade de Brisbane, iniciou na quarta-feira o julgamento de 14 membros de uma seita religiosa pela morte de uma menina de oito anos a quem foi negada a medicação de insulina que salvaria sua vida, informam as mídias locais.

Isabel, que padecia de diabetes tipo 1, sofreu "por dias" e morreu em 7 de janeiro de 2022 na cidade de Toowoomba, após os membros da seita The Saints ("Os santos", em português),  incluindo seus pais, Jason Richard Struhs e Kerrie Elizabeth Struhs, e seu irmão mais velho, Zachary, de 21 anos, não terem ajudado ela. 

Empresário organizava atos sexuais com menores na seita poligâmica de um 'profeta'

Enquanto a menina estava morrendo, seus pais, juntamente com o líder de The Saints, Brendan Stevens, e outros 11 membros da seita, esperavam por uma cura por meio de orações.

Stevens e Jason Struhs são acusados de assassinato, enquanto os outros envolvidos, incluindo Kerrie e Zachary Struhs, são acusados de homicídio culposo.

Os pais estavam bem cientes da condição da filha e das consequências que ela sofreria se não recebesse a medicação, disse a promotora Caroline Marco na abertura do julgamento.

Nos últimos momentos de sua vida, Elizabeth estava vomitando, letárgica, e precisava de ajuda para ir ao banheiro, além de estar em um estado alterado de consciência.