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Moscou lamenta a decisão da Argentina de não aderir aos BRICS

O porta-voz presidencial da Rússia, Dmitry Peskov, não descartou que as autoridades argentinas mudem sua decisão e com o tempo, considerem "mais lucrativo" retornar ao bloco.
Moscou lamenta a decisão da Argentina de não aderir aos BRICSLegion-media.ru / Zoonar GmbH RF

O porta-voz presidencial da Rússia, Dmitry Peskov, disse nesta sexta-feira que a recusa da Argentina em participar nos BRICS "é lamentável", mas é o direito soberano de Buenos Aires e Moscou respeita a decisão do país sul-americano.

"Claro, isso é lamentável, mas este é um direito soberano da Argentina, e respeitamos qualquer decisão tomada por Buenos Aires. Os argentinos escolheram sua liderança, e a liderança considerou que era o momento errado para eles participarem neste formato agora", disse o funcionário do Kremlin aos repórteres.

Peskov não descartou que as autoridades argentinas mudem sua decisão e com o tempo, considerem "mais lucrativo" retornar ao bloco. Ao mesmo tempo, observou que a fila de países que desejam se associar é bastante longa.

"Isto é gratificante e significa que muitos países, pelo contrário, consideram que a adesão aos BRICS é do seu interesse nacional", acrescentou.

O Brics, formado inicialmente por Brasil, Rússia, Índia e África do Sul, está em processo de expansão para admitir outras nações. Em agosto de 2023, os Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Irão, Argentina, Egito e Etiópia foram oficialmente convidados a aderir ao BRICS em 1 de Janeiro de 2024.

No entanto, em dezembro passado, Buenos Aires notificou oficialmente os BRICS de que não iria aderir ao grupo. Em cartas enviadas ao presidente russo Vladimir Putin, ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, ao primeiro-ministro indiano Narendra Modi e ao presidente chinês Xi Jinping, as autoridades argentinas afirmaram que, neste momento, consideravam a adesão ao BRICS como um passo errado para o país.