Javier Milei rejeita oficialmente convite para Argentina ingressar no BRICS

O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou em uma carta que seu país não se juntará ao BRICS, como é conhecido o bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, informou a TN na sexta-feira.

A Casa Rosada disse à mídia que o presidente argentino indicou no documento que, no momento, não é considerado apropriado fazer parte do grupo.

Em agosto, durante a 15ª Cúpula do BRICS, foi acordado que seis novos países se juntariam ao grupo: Argentina, Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia.

Durante a campanha, Milei já havia deixado bem clara sua rejeição à entrada da Argentina no BRICS, que entrará em vigor em 1º de janeiro, enquanto assegurava que planejava romper os vínculos do país com o Brasil e a China. "Não vou fazer negócios com nenhum comunista. Sou um defensor da liberdade, da paz e da democracia. Os comunistas não vão para lá", disse ele em setembro.

No final de novembro, a ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Modino, que ainda não estava no cargo na época, garantiu que seu país não se juntaria ao BRICS. "Por que voltar atrás? A entrada nunca foi aprovada", respondeu Modino. Quando um jornalista mencionou a ela o processo de adesão recentemente iniciado, ela enfatizou: "Nunca entramos para o BRICS".