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O mundo deve levar a sério o risco de uma Terceira Guerra Mundial, alerta a Turquia
Ancara chamou mais uma vez a atenção para o perigo que o conflito na Ucrânia e a guerra em Gaza representam para a segurança global.
O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, advertiu que há um risco real de eclosão da Terceira Guerra Mundial.
"Acho que o mundo deve levar esse cenário a sério, deve levar essa ameaça a sério. Existe esse risco. Temos dito isso desde o início", declarou Fidan em uma entrevista à Haberturk TV.
Quando o conflito na Ucrânia eclodiu em fevereiro de 2022 e a guerra na Faixa de Gaza após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, Fidan já havia chamado a atenção da região para o risco de ambos os conflitos se espalharem pela arena global.
A esse respeito, o ministro se referiu na entrevista à sua recente visita à Rússia, onde se reuniu com o presidente Vladimir Putin e, segundo ele, insistiu na importância de alcançar a paz na Ucrânia. "O custo da guerra em andamento para a região e para o mundo é muito alto e, o que é pior, esse risco pode crescer e se espalhar. Ele pode se espalhar geograficamente e metodicamente. As armas nucleares podem vir à tona", disse Fidan ao Haberturk.
Após a conclusão da chamada 'cúpula de paz da Ucrânia', para a qual a Rússia não foi convidada e que foi realizada em meados do mês na Suíça, Fidan disse que as propostas de paz de Putin sobre a Ucrânia são "um raio de esperança".
"Clima caótico"
As tensões no mundo, observou o ministro, também estão crescendo por causa da crise de Gaza, que o mundo deve levar a sério.
Nesse contexto, Fidan insistiu na possibilidade de um conflito nuclear enquanto a guerra na Ucrânia continuar, o que "gera faíscas e se espalha para outros lugares". Ele também enfatizou o problema de segurança apresentado à Turquia pelo "ambiente caótico" no sul do país devido a Israel. Ambas as situações precisam ser "lidas e bem gerenciadas", enfatizou.
"A diplomacia turca está se esforçando para acabar com as guerras. Essa é a vontade do nosso presidente [Recep Tayyip Erdogan]", disse Fidan.