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Chefe do FSB: Ucrânia e OTAN recrutam migrantes para atos terroristas na Rússia

Anteriormente, Alexander Bortnikov explicou que o regime de Kiev está tentando prejudicar as relações de Moscou com os países asiáticos vizinhos usando o fator religioso e nacional.
Chefe do FSB: Ucrânia e OTAN recrutam migrantes para atos terroristas na RússiaGettyimages.ru / Jose Colon/Anadolu

Os serviços de inteligência da Ucrânia e dos países ocidentais estão ampliando o círculo de possíveis autores de ataques terroristas " notáveis" na Rússia, recrutando trabalhadores migrantes da Ásia Central, disse nesta terça-feira o chefe do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, na sigla em russo), Alexander Bortnikov, em uma reunião do Comitê Nacional Antiterrorista.

Além disso, o regime de Kiev, com o apoio da OTAN, "presta assistência" a organizações terroristas internacionais para treinar e equipar esses recrutas, acrescentou.

"Um exemplo ilustrativo disso é o envolvimento da inteligência militar da Ucrânia no ataque terrorista à sala de concertos Crocus City Hall, nos arredores de Moscou", destacou o diretor do FSB. No final de maio, Bortnikov declarou que os serviços secretos ucranianos tiveram "envolvimento direto" no ato terrorista, que ocorreu em 22 de março na sala de concertos. Segundo ele, o objetivo de Kiev era prejudicar as relações de Moscou com os países da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) usando o fator religioso e nacional.

Aumento das ameaças terroristas

A Ucrânia, com o apoio dos EUA e de outros países da OTAN, "está aumentando seus esforços para cometer ataques terroristas e sabotagem no território russo, tentando enfraquecer o apoio de recursos ao Exército russo e provocar pânico entre a população". Nesse sentido, ele disse que, desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, as agências de aplicação da lei russas impediram 134 crimes terroristas no Distrito Federal Central do país.

"Nos últimos dois anos, as autoridades de segurança do distrito reprimiram as atividades de 32 células de organizações terroristas internacionais, formadas principalmente por migrantes da Ásia Central, que estavam preparando atos terroristas em locais lotados, instalações governamentais, infraestrutura militar e organizações religiosas", explicou.

Além disso, Bortinikov enfatizou que "não há fim para as tentativas das formações armadas neonazistas e dos grupos de sabotagem e reconhecimento" de penetrar nas regiões russas que fazem fronteira com a Ucrânia para procurar e recrutar agressores terroristas, inclusive entre os trabalhadores migrantes. Diante das crescentes ameaças terroristas, as autoridades federais e regionais da Rússia intensificaram o trabalho preventivo com 'grupos de risco' para evitar o envolvimento de cidadãos, especialmente jovens, em atividades criminosas, concluiu.