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Governo Leite promete reconstruir o RS "sem a burocracia usual da máquina pública"

Esforços de reconstrução serão coordenados por órgão chefiado por Pedro Capeluppi, ex-assessor de Paulo Guedes.
Governo Leite promete reconstruir o RS "sem a burocracia usual da máquina pública"Legion-media.ru / Roberto Casimiro / Fotoarena

O Plano de reconstrução Rio Grande, apresentado na sexta-feira (17) pelo governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB), prevê obras infraestruturais executadas "com a maior brevidade, sem a burocracia usual da máquina pública". As informações foram divulgadas pela Secretaria da Reconstrução Gaúcha - um órgão recém-criado, que será comandado pelo economista Pedro Capeluppi. 

Capeluppi, conforme apuração da imprensa brasileira, é um funcionário de carreira do Tesouro Nacional que ocupou o cargo de secretário especial de Desestatização, Desinvestimentos e Mercados durante a gestão de Paulo Guedes, ex-ministro da Fazenda do Governo Bolsonaro. 

"O investimento privado é o que vai fazer com que o Brasil dê um salto de qualidade na sua infraestrutura. Não adianta a gente ficar tentando resolver um problema com investimento público - estratégia que já tentamos várias vezes no passado e não teve sucesso", declarou Capeluppi em uma entrevista concedida em março, cerca de um mês antes do início das enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul. "Seja em aeroportos, rodovias, ferrovias", acrescentou à época. 

Apesar das convicções do economista, o plano proposto pelo governo estadual postula como "fundamental a cooperação do setor privado, da sociedade civil e de todos os níveis de governo", conforme declaração do governador Eduardo Leite durante sua apresentação na sexta-feira.

Suas ações estão divididas em diferentes frentes de trabalho. Uma delas prevê ações de curto prazo para restabelecer serviços essenciais e medidas de recuperação, como "limpeza, realocação habitacional temporária, desobstrução de vias e gerenciamento de doações". Outra busca retomar, de modo gradual, a prestação dos serviços públicos oferecidos pelo Estado. 

A frente a ser diretamente coordenada pelo governador e pela recém-criada Secretaria de Capeluppi é o eixo Rio Grande Sul do Futuro, que tem como metas a ''a reconstrução da infraestrutura de longo prazo, o fortalecimento da economia local, o aumento da eficiência dos serviços públicos e estratégias de resiliência climática''.