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China diz que não fica à margem do conflito ucraniano

Ministro das Relações Exteriores chinês enfatizou que seu país não é parte nem criador da atual crise no Leste Europeu.
China diz que não fica à margem do conflito ucranianoGettyimages.ru / Michele Ursi

A China nunca esteve à margem da crise ucraniana, embora não seja parte nem instigadora do conflito, afirmou o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi.

Em uma entrevista ao canal Al Jazeera, do Catar, publicada pelo Ministério das Relações Exteriores da China, o ministro enfatizou que a posição de Pequim "é consistente, clara e transparente em relação à crise ucraniana". "A China não é parte do conflito nem criadora da crise, mas nunca ficou de braços cruzados", acrescentou.

Além disso, lembrou que, desde o início do conflito, Pequim "sempre fez campanha por um cessar-fogo e trabalhou arduamente para acabar com a guerra".

O diplomata ainda citou os contatos pessoais do presidente chinês, Xi Jinping, com os líderes de vários países, incluindo a Rússia e a Ucrânia, nos quais instou negociações de paz e uma solução política por meio do diálogo como a "única saída viável".

"A China também emitiu um documento de posição especial e deslocou enviados especiais aos países em questão em várias ocasiões para mediar e transmitir mensagens, esclarecer posições e promover todas as partes a procurarem uma base comum e a formação de um consenso entre as partes", afirmou.

Wang alertou que o perigo de deterioração e escalada do conflito permanece, e que "a comunidade internacional deve fortalecer sua solidariedade, unir esforços para alcançar a paz e tomar medidas práticas para diminuir a escalada do conflito".

Nesse sentido, assegurou que Pequim defende a convocação de uma conferência internacional, que seja reconhecida tanto por Moscou como por Kiev, "com a participação igualitária de todas as partes e em uma base justa para a discussão de todas as opções de paz".