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China propõe quatro princípios para resolver o conflito na Ucrânia

O presidente chinês defende a organização de uma conferência internacional de paz com a participação da Rússia e da Ucrânia para realizar "uma discussão justa" sobre todas as opções de paz.
China propõe quatro princípios para resolver o conflito na UcrâniaGettyimages.ru / Kevin Frayer

O presidente da China, Xi Jinping, discutiu o conflito ucraniano nesta terça-feira durante uma reunião com o chanceler alemão Olaf Scholz, que está em Pequim em uma visita oficial. O líder asiático enfatizou que, para evitar que o conflito se agrave ou até mesmo saia do controle, todos os envolvidos devem trabalhar juntos para restaurar a paz o mais rápido possível, noticiou a agência de notícias Xinhua.

Xi especificou que a China "não é parte nem participante da crise na Ucrânia", mas sempre promoveu conversações de paz e, para esse fim, propôs às partes em conflito que aderissem aos seguintes princípios:

  • Priorizar a obtenção de uma situação de paz e estabilidade e não defender "interesses egoístas" próprios;
  • Esfriar a situação e "não colocar mais lenha na fogueira";
  • Criar as condições para restaurar a e evitar o agravamento das tensões;
  • Reduzir o impacto negativo sobre a economia mundial e evitar prejudicar a estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos globais.

Além disso, o mandatário chinês reafirmou que Pequim apoia todos os esforços que levem à resolução pacífica da crise na Ucrânia e apoia a organização de uma conferência internacional de paz, que seja reconhecida tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia, na qual todas as partes participem em pé de igualdade para conduzir "uma discussão justa" sobre todas as opções para alcançar a paz.

"Estamos prontos para manter a cooperação com todas as partes relevantes, incluindo a Alemanha, nesse sentido", disse Xi.

Durante a reunião, Scholz e Xi também confirmaram que seus países estão comprometidos em respeitar os propósitos e princípios da Carta da ONU, opondo-se ao uso de armas nucleares e ataques a instalações nucleares civis, resolvendo adequadamente as questões internacionais de segurança alimentar e respeitando o direito humanitário internacional.