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Borrell reitera seu apoio a Israel: "Tem o direito de se defender"

"Com esse ataque indiscriminado, o Hamas se desqualificou totalmente", disse o alto representante da União Europeia para Assuntos Externos e Política de Segurança.
Borrell reitera seu apoio a Israel: "Tem o direito de se defender"Gettyimages.ru / Lev Radin/Pacific Press/LightRocket

Seis meses após o início da guerra na Faixa de Gaza, o alto representante da União Europeia para Assuntos Externos e Política de Segurança, Josep Borrell, reiterou seu apoio a Israel e seu direito de se defender, afirmando que "os civis estão pagando o preço mais alto".

"Em 7 de outubro, o horror do ataque terrorista do Hamas contra Israel chocou o mundo e mergulhou a região em uma tragédia humanitária e política. Seis meses depois, qual é a nossa posição?", comentou o alto diplomata em sua conta no X.

Borrell também disse que juntaria sua voz à do secretário-geral da ONU, António Guterres, para "expressar a total condenação da UE a uma brutalidade que nenhuma causa pode justificar". Horas antes, Guterres emitiu uma declaração reafirmando seu apoio a Israel, afirmando que "nada pode justificar o horror desencadeado pelo Hamas".

"Com esse ataque indiscriminado, o Hamas se desqualificou totalmente. O povo palestino não pode ser representado por esse grupo criminoso", continuou Borrell, acrescentando que o povo israelense tem "a mais profunda solidariedade" da UE.

"Israel tem o direito de se defender, em total respeito ao direito internacional", insistiu.

UE pede cessar-fogo

Além disso, Borrell afirmou que o bloco da UE "tem solicitado consistentemente uma pausa humanitária imediata que leve a um cessar-fogo sustentável", bem como "à remoção de todos os obstáculos à entrada de ajuda humanitária para aliviar o sofrimento dos civis em Gaza e evitar que passem fome".

Da mesma forma, o diplomata assegurou que a UE "quadruplicou a ajuda humanitária" ao povo palestino, insistindo que "os civis não devem ser submetidos a punição coletiva".

Finalmente, Borrell pediu a implementação da resolução aprovada em 25 de março pela ONU, que exige um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, e condenou o assassinato de trabalhadores humanitários na área.

"Assim que os reféns forem libertados e o cessar-fogo for alcançado, uma transição política deverá ser implementada imediatamente. Uma solução de dois estados é a única maneira de alcançar a paz. A UE e a comunidade internacional estão prontas para apoiar efetivamente, passo a passo", concluiu Borrell.