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Em mudança de postura, Biden faz dura advertência a Netanyahu

O futuro do apoio norte-americano à Tel Aviv está condicionado à medidas de proteção aos civis, segundo o presidente dos EUA.
Em mudança de postura, Biden faz dura advertência a NetanyahuAP / Mark Schiefelbein

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, manteve uma conversa telefônica com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre o conflito em desenvolvimento em Gaza, segundo uma declaração emitida nesta quinta-feira pela Casa Branca.

"Biden enfatizou que os ataques a trabalhadores humanitários e a situação humanitária em geral são inaceitáveis. Deixou clara a necessidade de Israel anunciar e implementar uma série de medidas específicas, concretas e mensuráveis para lidar com os danos aos civis, o sofrimento humanitário e a segurança dos trabalhadores humanitários", diz o comunicado.

Segundo a Casa Branca, o mandatário norte-americano alertou Netanyahu que o apoio de Washington a Tel Aviv em sua luta contra o Hamas dependerá "da ação imediata de Israel em relação a essas medidas".

Biden ainda "enfatizou que um cessar-fogo imediato é essencial para estabilizar e melhorar a situação humanitária e proteger civis inocentes", e insistiu na necessidade de negociações "para concluir sem demora um acordo para trazer os reféns de volta para casa".

Indignação com ataques a civis

Mais cedo, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, expressou ao seu homólogo israelense, Yoav Gallant, sua indignação com o ataque das Forças de Defesa de Israel (FDI) ao comboio humanitário da World Central Kitchen (WCK), no qual sete trabalhadores da organização foram mortos.

"O secretário Austin enfatizou a necessidade de tomar imediatamente medidas concretas para proteger os trabalhadores humanitários e os civis palestinos em Gaza, após repetidas falhas de coordenação [das forças israelenses] com grupos de ajuda externa", comentou o porta-voz do Pentágono, Pat Ryder.

Além disso, o chefe do Pentágono pediu a Gallant que conduzisse "uma investigação rápida e transparente, divulgasse publicamente suas conclusões e responsabilizasse os culpados".