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"Nada vai nos deter, nem mesmo os EUA": Netanyahu dá sinal verde para o plano de incursão em Rafah
Washington expressou preocupação com a operação israelense na região sul de Gaza, onde vivem mais de um milhão de palestinos.
O Governo israelense aprovou os planos operacionais para a anunciada operação militar terrestre em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, que as forças armadas do país realizarão sem que a pressão dos EUA possa impedi-la, disse o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
Questionado sobre os motivos do atraso no ataque a Rafah, o primeiro-ministro disse que a operação "requer certos preparativos", segundo o The Times of Israel.
O Governo está atualmente "preparando os aspectos de evacuação e ajuda humanitária".
"Isso não vai demorar muito. Nada nos deterá, nem os EUA, nem qualquer outra pressão", disse ele, observando que a destruição dos batalhões do Hamas é "essencial para a vitória", sem a qual seu país enfrentará uma "ameaça existencial".
Netanyahu disse que havia transmitido ao presidente dos EUA, Joe Biden, sua gratidão pelo apoio dos EUA, bem como seu descontentamento com a recente abstenção de Washington na resolução do cessar-fogo em Gaza no Conselho de Segurança da ONU, uma decisão que ele descreveu como "deplorável".
Em 18 de março, Biden expressou sua preocupação com os planos de Netanyahu de realizar uma operação em Rafah, onde mais de um milhão de palestinos estão abrigados, o que, segundo ele, levaria a mais mortes de civis e a um maior isolamento internacional de Israel.
O presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, general Charles Brown Jr., disse ao chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, Herzi Halevi, que Washington não aceitaria baixas em massa entre a população civil, dado o grande número de pessoas mortas no norte e no centro do enclave palestino pela ofensiva israelense, informou a emissora israelense Kan no sábado.
