![Chefe da UNRWA: Os pedidos para fechar a agência da ONU são "míopes"](https://mf.b37mrtl.ru/brmedia/images/2024.02/thumbnail/65cb9be6f06ad2a148008aa7.jpg)
ONU condena tentativas israelenses de retirar a UNRWA de Gaza
![ONU condena tentativas israelenses de retirar a UNRWA de Gaza](https://mf.b37mrtl.ru/brmedia/images/2024.04/original/660a00f9e9ff71529a315955.jpg)
Os esforços para afastar da distribuição de ajuda em Gaza a Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, em suas siglas em inglês), devem cessar, afirmou o subsecretário-geral de Assuntos Humanitários e coordenador de Ajuda de Emergência da ONU, Martin Griffiths.
"As tentativas de marginalizar a UNRWA precisam acabar. A UNRWA é a espinha dorsal da operação humanitária em Gaza. Qualquer tentativa de fornecer ajuda sem ela está fadada ao fracasso", escreveu o funciónario em sua conta no X.
Griffiths enfatizou que "nenhuma outra agência tem o mesmo alcance, experiência ou confiança da comunidade necessários para fazer esse trabalho".
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O jornal britânico The Guardian informou no domingo passado, citando fontes da ONU, que Israel propôs o desmantelamento da UNRWA e a criação de uma nova agência para substituir suas funções. O pedido teria sido entregue no fim de semana anterior pelo chefe do Estado-Maior Geral israelense, tenente-general Herzi Halevi, a funcionários da ONU no Estado judeu, que o repassaram ao secretário-geral António Guterres no sábado.
Segundo representantes da ONU, a UNRWA, que trabalha na Palestina desde a década de 1950 e é a maior organização humanitária que atua no enclave palestino, não participou das negociações sobre seu futuro.
Israel, que interrompeu a cooperação com a agência, afirma que a reforma facilitaria o fluxo de ajuda humanitária para a Faixa, limitando as capacidades atuais das estruturas pertinentes da ONU, cujo secretário-geral alertou há uma semana que a fome cresceria no enclave se a ajuda não fosse aumentada.
O Estado judeu alega que alguns dos funcionários da agência, que eram 13 mil no enclave no início da última escalada de violência, estão envolvidos em colaboração com o Hamas e a Jihad Islâmica e até os acusa de envolvimento no ataque de 7 de outubro, embora nenhuma prova tenha sido apresentada. Pelo menos 3 mil funcionários da agência ainda estão trabalhando na Faixa de Gaza atualmente.