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Lula e Macron condenam Venezuela por impedir opositora de Maduro

Em declaração conjunta à imprensa no Palácio do Planalto, os presidentes foram enfáticos em expressar seus pontos de vista sobre a situação no país vizinho.
Lula e Macron condenam Venezuela por impedir opositora de MaduroGettyimages.ru / Claudio Reis

Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da França, Emmanuel Macron, afirmaram na quinta-feira (28) que é preocupante a Venezuela não permitir que Corina Yoris, candidata de oposição a Nicolás Maduro, participe das eleições no país.

Lula: "Eu disse ao Maduro: 'Garanta que seja mais democrática, porque é importante pra Venezuela votar com normalidade. Eu fiquei surpreso com a decisão. Primeiro a decisão boa da candidata proibida de ser candidata pela justiça de indicar uma sucessora, achei um passo importante. Agora, é grave que a candidata não possa ter sido registrada'".

Macron: "O marco em que essas eleições estão a decorrer não pode ser considerado democrático. Vamos fazer de tudo para convencer Maduro para que reintegre todos os candidatos para ter eleições limpas com observadores regionais e internacionais. Condenamos firmemente ter tirado uma candidata muito boa. A decisão é grave e piorou com as decisões da última semana".

Yoris não conseguiu se registrar na plataforma fornecida pelo Governo venezuelano. Antes de Corina Yoris, a ex-deputada María Corina Machado também teve sua candidatura rejeitada, mas ela ganhou a disputa interna da oposição e indicou Yoris como sua sucessora.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, essa ação viola o acordo de Barbados, no qual a Venezuela se comprometeu a realizar eleições livres em troca do fim das sanções ao petróleo local. O Governo de Maduro repudiou o texto do Itamaraty.