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Lula: Brasil quer ter conhecimento da tecnologia nuclear para garantir a paz
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Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, participaram na quarta-feira da cerimônia de batismo e lançamento do submarino Tonelero (S42) no Complexo Naval de Itaguaí, no Rio de Janeiro.
"Hoje lançamos ao mar o Tonelero, o terceiro da série de submarinos convencionais desenvolvidos pelo Brasil com a França. O Brasil já contava com dois submarinos", informou Lula em sua conta no X.
Hoje lançamos ao mar o Tonelero, o terceiro da série de submarinos convencionais desenvolvidos pelo Brasil com a França. O Brasil já contava com dois submarinos. Em 2025, ano do bicentenário das relações com a França, lançaremos ao mar um quarto, o Angostura. A nossa cooperação…
— Lula (@LulaOficial) March 27, 2024
Durante a cerimônia, Macron disse que a construção desse submarino "é um testemunho concreto do que os dois países são capazes de realizar juntos".
De acordo com uma nota da Presidência, a primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, foi a madrinha do batizado do novo submarino, que fará parte da marinha do país, uma embarcação que, segundo ela, "contribuirá para a defesa da costa brasileira, chamada 'Amazônia Azul'".
Os presidentes Lula e Macron participaram nesta quarta (27) do lançamento do submarino Tonelero.Depois da cerimônia, os dois visitaram as instalações do Complexo Naval, incluindo o local onde está em construção o quarto Submarino fruto da parceria Brasil-França.📲 DIGITAL/PR pic.twitter.com/dCqySHACsU
— Governo do Brasil (@govbr) March 27, 2024
"O projeto Tonelero incorpora a modernidade dos navios franceses da classe Scorpène, com adaptações e acréscimos para atender às necessidades específicas das operações da Marinha", especifica a Presidência brasileira, que também indica que o submarino tem mais de 71 metros de comprimento e um deslocamento submerso de 1.870 toneladas.
Após ser colocado na água, explica a instituição, o Tonelero iniciará o processo de testes para avaliar as condições de estabilidade no mar e os sistemas de navegação e combate.
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O Ministério da Defesa explica que este é o terceiro submarino convencional com propulsão diesel-elétrica construído inteiramente no Brasil, no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). A pasta estatal indica que os submarinos Riachuelo (S40) e Humaitá (S41) foram entregues antes deste.
Além do “Tonelero” (S42), já foram entregues os submarinos “Riachuelo” (S40) e o “Humaitá” (S41). Ainda estão previstas as entregas de + um submarino convencional, o “Angostura” (S43), e do submarino brasileiro convencionalmente armado com propulsão nuclear, o “Álvaro Alberto”. pic.twitter.com/qGNbGhL43s
— Ministério da Defesa (@DefesaGovBr) March 27, 2024
"Ainda estão previstas as entregas de um submarino convencional, o Angostura (S43), e do submarino brasileiro com propulsão convencional e nuclear, o Álvaro Alberto".
De acordo com Lula, o Angostura será lançado ao mar em 2025, ano do bicentenário das relações do Brasil com a França.
"Garantir a paz"
Na cerimônia, Lula e Macron defenderam a ampliação da cooperação militar entre Brasil e França para que, juntos, trabalhem para manter a paz no mundo.
Macron criticou os conflitos recentes, embora não tenha mencionado nenhum em particular. "Rejeitamos que o mundo seja prisioneiro de um conflito entre duas grandes potências. Queremos defender nossa soberania e, com ela, o direito internacional em todo o mundo", manifestou.
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"Acreditamos na paz porque constrói equilíbrios. Isso exige que sejamos fortes. As grandes potências pacíficas, como a França e o Brasil, devem reconhecer que, neste mundo cada vez mais desorganizado, devemos ser capazes de usar a força e falar com firmeza sobre isso, porque somos as potências que não querem ser lacaios de outros. Temos que ser capazes de defender a ordem internacional com credibilidade", enfatizou.
Por sua vez, Lula comentou que o Brasil quer ter conhecimento da tecnologia nuclear, mas não para fazer guerra. "Queremos ter o conhecimento para garantir a todos os países que querem a paz, que saibam que o Brasil estará ao lado de todos, porque a guerra não constrói, a guerra destrói. O que constrói é o desenvolvimento, é o conhecimento científico, é o conhecimento tecnológico".
"Temos que nos preocupar com a nossa defesa, não porque nós queremos guerra. A defesa é para aqueles que querem a paz", sublinhou o mandatário brasileiro.