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Israel teria aceitado uma proposta da CIA para troca de reféns

De acordo com um funcionário israelense, o país judeu está preparado para assumir "compromissos significativos para trazer os sequestrados de volta para casa".
Israel teria aceitado uma proposta da CIA para troca de refénsGettyimages.ru / Abed Rahim Khatib/Anadolu

Israel teria aceitado uma proposta dos EUA para trocar pelo menos 700 prisioneiros palestinos, incluindo 100 que cumprem penas de prisão perpétua por matar israelenses, em troca de 40 reféns mantidos pelo Hamas, informou uma emissora local afiliada à CNN, citando uma autoridade israelense não identificada.

A iniciativa foi apresentada pelo diretor da CIA, William Burns, que estava em Doha, no Catar, onde as negociações entre os dois lados estão sendo conduzidas por meio de intermediários. As delegações estão agora aguardando uma resposta do movimento palestino.

De acordo com a pessoa consultada, Tel Aviv estaria disposta a assumir "compromissos significativos para trazer os sequestrados de volta para casa". No entanto, uma fonte diplomática familiarizada com o assunto disse à CNN que ainda há questões pendentes, como a entrada de ajuda humanitária e o "reposicionamento militar israelense" em Gaza.

Se o acordo for finalizado, espera-se que ele tenha várias etapas. Na primeira fase, o Hamas propôs a libertação de mulheres, idosos, doentes e feridos como reféns. Acredita-se que sejam 40 pessoas das cerca de 100 que ainda estão vivas na Faixa de Gaza.

Obstáculos à negociação

De acordo com fontes anônimas familiarizadas com o assunto, citadas pelo Canal 12 de Israel, Tel Aviv antecipa uma resposta do líder do Hamas, Yahya Sinwar, em Gaza, nos próximos três dias e considera que as perspectivas de um acordo são de "50-50".

No entanto, o movimento palestino exigiu que qualquer nova libertação de reféns fosse acompanhada por um compromisso israelense de acabar com a guerra, uma condição que Israel rejeitou como "delirante".

Por outro lado, uma fonte sênior consultada disse que o Governo de Benjamin Netanyahu precisa tomar uma decisão sobre o envio deforças para a cidade de Rafah, em Gaza, pois a indecisão prolongada está prejudicando os esforços de negociação.

Embora se trate de uma nova flexibilidade em várias áreas importantes, Israel continua a manter as linhas vermelhas que excluem a retirada total do exército de Gaza e insiste que a campanha para destruir o Hamas será retomada assim que o acordo for fechado, acrescenta o relatório israelense.