África do Sul prenderá seus cidadãos que lutam ao lado de Israel na guerra de Gaza
A ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor, alertou que os cidadãos sul-africanos que participem nas Forças Armadas israelenses na guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, serão presos quando regressarem a casa.
"Já emiti uma declaração alertando aqueles que são sul-africanos e que estão lutando ao lado ou nas Forças de Defesa de Israel. Estamos prontos. Quando vocês voltarem para casa, nós os prenderemos", disse Pandor durante um evento público de solidariedade à Palestina na segunda-feira. A advertência foi recebida com aplausos da multidão.
Pandor ainda incentivou as pessoas a protestarem em frente às embaixadas de aqueles países que chamou de "os cinco maiores apoiadores" de Israel e de sua guerra em Gaza.
Em dezembro, a pasta já havia indicado que o Governo sul-africano estava preocupado com o fato de alguns de seus cidadãos ou residentes permanentes terem se juntado ao Exército israelense em sua luta contra o Hamas. Na época, alertou que os cidadãos sul-africanos e israelenses com dupla nacionalidade poderiam perder sua cidadania sul-africana.
- Em janeiro de 2024, a equipe jurídica da África do Sul denunciou à Corte Internacional de Justiça em Haia que "Israel transformou Gaza em um campo de concentração onde ocorre um genocídio".
- O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa saudou como "uma vitória para o direito internacional, para os direitos humanos e, acima de tudo, para a justiça" a decisão do tribunal, que exigiu que Israel tomasse medidas para evitar o genocídio em Gaza.