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Argentina abre importações de produtos básicos e medicamentos

A medida inclui a redução do prazo de pagamento para importações e a suspensão temporária de impostos adicionais aos produtos.
Argentina abre importações de produtos básicos e medicamentosGettyimages.ru / Tomas Cuesta

O Governo argentino anunciou nesta terça-feira a abertura das importações de produtos da cesta básica, com o objetivo de aumentar a competição e reduzir os preços no mercado.

Em fala a jornalistas, o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, disse que foi tomada a decisão de "abrir definitivamente" as importações de determinados produtos da cesta familiar, dentre eles banana, batata, carne suína, café, xampus e fraldas, para conter a inflação e "tornar os preços mais competitivos".

O porta-voz da Casa Rosada garantiu que a decisão foi tomada após a reunião que o ministro da Economia, Luis Caputo, realizou com representantes das principais cadeias de supermercados.

"Na reunião, os empresários reconheceram que os preços haviam subido acima das expectativas de inflação e, naturalmente, o cenário que os empresários haviam avaliado era catastrófico, algo que não aconteceu", disse Adorni.

A medida inclui a redução do prazo de pagamento para importações e a suspensão temporária de impostos adicionais aos produtos.

Além disso, Adorni informou que o Banco Central (BCRA) reduzirá o prazo de pagamento das importações de alimentos, bebidas, produtos de limpeza, higiene e cuidados pessoais, que passará de um esquema de quatro parcelas de 30, 60, 90 e 120 dias para um prazo de pagamento em uma única parcela de 30 dias.

Foi decidido ainda suspender por 120 dias a cobrança do imposto sobre valor agregado (IVA) e do imposto de renda sobre essas compras, desses produtos e medicamentos, detalhou o porta-voz.

"Entendemos que a economia está se normalizando gradualmente e, nesse sentido, foi tomada a decisão de abrir definitivamente as importações de determinados produtos da cesta familiar para tornar os preços mais competitivos em benefício das famílias e dos consumidores argentinos", argumentou Adorni.