Após um dia da decretação de greve geral em Portugal, o governo português convocou nesta sexta-feira (12) a União Geral de Trabalhadores (UGT), sindicato organizador do protesto, para negociações de reforma na legislação trabalhista na próxima terça-feira (16), divulgou a agência de notícias local Sic.
A manifestação convocada pelas duas principais confederações sindicais do país interrompeu gravemente o transporte aéreo e urbano, diante da adesão de trabalhadores de aeroportos, ônibus e metrô, informou o portal AP. A reportagem ainda indica que muitas consultas médicas e aulas escolares foram canceladas, enquanto serviços governamentais e municipais, incluindo a coleta de lixo, também foram duramente afetados.
Os dois grupos sindicais, que representam cerca de um milhão de trabalhadores portugueses, protestam contra as alterações propostas pelo governo à legislação trabalhista, aprovadas em julho pelo Conselho de Ministros da Presidência sob o mote "flexibilizar para crescer".
As alterações propostas incluem facilitar a demissão de trabalhadores pelas empresas, negar o direito à greve em mais setores da economia e limitar a licença de amamentação aos dois primeiros anos de vida do bebê, reformando a atual licença sem prazo definido.
Os sindicatos alegam que as alterações retiram direitos dos trabalhadores, enquanto o governo argumenta que são necessárias para tornar a economia mais orientada para a oferta e impulsionar o crescimento.