VÍDEO: Imagens mostram barragem após colapsar no sul do Brasil devido às fortes chuvas

As chuvas deixaram 29 pessoas mortas, segundo atualização mais recente das autoridades do estado, com 60 desaparecidas, cerca de 10.000 desabrigadas e 213 cidades afetadas.

As fortes chuvas que atingiram o estado do Rio Grande do Sul, no sul do Brasil, causaram o colapso parcial da barragem 14 de Julho, localizada no Rio das Antas, informou o vice-governador do estado, Gabriel Souza, nas redes sociais, na quinta-feira.

"Recebemos há pouco a confirmação do rompimento parcial da barragem 14 de Julho, localizada no Rio das Antas, entre os municípios de Cotiporã e Bento Gonçalves", escreveu o vice-governador em sua conta no X.

Na mensagem, descreveu a situação como "gravíssima" e pediu aos moradores dos municípios próximos que buscassem refúgio em "regiões mais altas", pelo menos seis metros acima dos rios".

Conforme detalhado inicialmente em um vídeo publicado nas redes, trata-se de "um rompimento parcial", mas que deve produzir o colapso total desta barragem, o que significará que muita água descerá pelo rio Taquari, aumentando ainda mais e muito rapidamente as inundações nos municípios abaixo desse ponto.

O rompimento foi confirmado pela Companhia Energética Rio das Antas, responsável pela operação da barragem, disse o prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Segabinazzi Siqueira, às mídias locais. "A tendência é que se suba entre dois e quatro metros, essa é a tendência que aconteça nos próximos minutos e nas próximas horas nos municípios mais abaixo do Taquari", alertou.

Crise

As fortes chuvas registradas no estado na quinta-feira também forçaram o governador Eduardo Leite a declarar alarme pela subida do rio Caí, ordenando que os moradores de São Francisco de Paula, Canela, Gramado, Nova Petrópolis, Vale Real e Feliz abandonassem suas casas e procurassem "abrigos  públicos ou locais alternativos" para acomodação.

As autoridades regionais declararam estado de "calamidade pública". Leite afirmou que é "o maior desastre natural" que o Rio Grande do Sul já enfrentou e disse que a persistência das chuvas dificultou as operações de resgate.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou para o estado na quinta-feira, mas as condições climáticas o impediram de chegar às áreas afetadas. "Como cidadão, eu vou rezar para que a chuva não castigue mais pessoas no Rio Grande do Sul. Como governante, farei tudo o que for possível para auxiliar os Governos municipais e estaduais a remediar os danos as milhares de famílias", disse o mandatário na sua conta do X.

Segundo atualização mais recente das autoriades, as chuvas deixaram 29 mortos.