
Bogotá: a cidade e seus pets - RT Reporta
Bogotá, com mais de sete milhões de habitantes, não é apenas a capital da Colômbia, mas também tem a maior densidade populacional de cães do país: 165 cães por quilômetro quadrado. Isso significa que, quase como algo natural, os espaços públicos da cidade foram abertos para que as pessoas possam visitá-los com seus animais de estimação.
Para muitas pessoas, por exemplo, seja por motivos econômicos ou por causa da recusa dos motoristas de táxi em levá-las com seus animais de estimação, o Transmilenio - o sistema de transporte público da capital - tornou-se a maneira perfeita de viajar com seus animais de estimação.
Na Colômbia, seis em cada dez famílias têm um animal de estimação, um animal de companhia, um melhor amigo ou um "filho": o nome varia ao longo dos anos, assim como o papel que desempenham em suas casas e até mesmo no próprio Capitólio Nacional, um espaço que tem sido sagrado e limitado quanto a quem pode ou não entrar.

Com a mudança de presidência, as portas do Congresso foram abertas a todos os animais de companhia dos funcionários da instituição.
"Famílias multiespécies"
"Hoje estamos falando de famílias multiespécies, que não são necessariamente formadas por seres humanos, mas cães e gatos também fazem parte da casa. Portanto, a ideia é que qualquer funcionário ou trabalhador do Congresso, bem como os visitantes, possam entrar com seu cão de estimação", disse Andrea Padilla, senadora da bancada do grupo de direitos dos animais, à RT Reporta.
Em 3 de abril de 2019, o termo "família multiespécie" foi usado pela primeira vez em uma decisão judicial em Medellín, no meio de uma conciliação entre um casal que não havia conseguido determinar quem ficaria com a guarda de seu cachorro.
Essa mudança na lei reflete a mudança na sociedade, que estende as normas que já existiam para as famílias tradicionais a novas formas.
Vários estudos demonstram que os colombianos entre 18 e 32 anos preferem ter animais do que ser pais, tanto que 49% dos jovens desse grupo têm animais de estimação e apenas 36% têm filhos.
Além disso, nos últimos cinco anos, o setor de animais de estimação cresceu 84,9% e, desse total, o setor de cuidados tem a maior demanda, com mais de um milhão de dólares arrecadados anualmente.




