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Equador: o custo do petróleo - RT Reporta

O que os moradores da região amazônica do Equador ganham com a exploração de petróleo? Na prática, quase nada. No país latino-americano, a população local sabe muito bem como funciona o pagamento das empresas petrolíferas: em vez de benefícios, recebem doenças graves e mais pobreza.

A Amazônia equatoriana, conhecida como um dos "pulmões do planeta", sofre com décadas de exploração de petróleo feita de forma irresponsável.

Empresas como a Chevron-Texaco deixaram um rastro de contaminação em rios, solo e ar, afetando a saúde de comunidades indígenas e moradores locais. Doenças como câncer, abortos espontâneos e problemas respiratórios são comuns, enquanto as promessas de desenvolvimento nunca se concretizaram, deixando apenas pobreza e degradação ambiental.

A luta judicial contra a Chevron, que durou 30 anos, resultou em uma multa bilionária, mas foi anulada por tribunais internacionais. Enquanto isso, os fogareiros da indústria petrolífera continuam a queimar gás, contribuindo para a mudança climática e intoxicando quem vive nas proximidades.

Apesar de vitórias simbólicas, como a consulta popular que proibiu a extração no Parque Nacional Yasuni, a pressão das petroleiras continua forte, ameaçando um dos últimos santuários de biodiversidade do mundo.

Os povos indígenas, como os Waorani, denunciam que a exploração petrolífera trouxe doenças, poluição e a destruição de seu modo de vida. Para muitos, a riqueza do petróleo representou apenas miséria, enquanto as grandes corporações lucram à custa da natureza e das comunidades.

A pergunta que fica é: até quando o Equador continuará pagando o preço humano e ambiental de um modelo de desenvolvimento que não se sustenta?