Luis Britto García: A frota dos Estados Unidos é como um bando de aves de rapina que espera devorar as reservas de energia fóssil da Venezuela
Nesta ocasião, Rafael Correa conversa com Luis Britto García, escritor e historiador venezuelano, para abordar o tema das atividades agressivas e ameaçadoras dos Estados Unidos contra a Venezuela no Caribe. Destaca-se que o afundamento de uma lancha pela frota norte-americana é um ato de execução extrajudicial e uma encenação de Trump de uma batalha contra um inimigo imaginário.
O renomado escritor e historiador venezuelano Luis Britto García conversou com o ex-presidente equatoriano Rafael Correa sobre as ações hostis dos EUA contra a Venezuela no Caribe. Durante a conversa, ele comentou sobre o avanço militar americano no sul do Caribe e os ataques a barcos em águas internacionais perto da costa venezuelana sob pretexto de combate ao narcotráfico.
"Aves de rapina esperando para devorar os combustíveis fósseis da Venezuela"
"Literalmente um ato de agressão", descreveu Britto García, enfatizando que as forças dos EUA afundaram embarcações sem qualquer investigação prévia. Ele caracterizou a retórica americana de combate ao tráfico como uma "encenação" contra um inimigo imaginário.
O historiador destacou a verdadeira intenção de Washington: apoderar-se dos vastos recursos naturais da Venezuela, que possui as maiores reservas de hidrocarbonetos do mundo, suficientes para durar quatro ou cinco décadas: "Como aves de rapina esperando para devorar os combustíveis fósseis da Venezuela", concluiu Britto García.
EUA "não teriam coragem" de invadir a Venezuela
O especialista reafirmou a opinião de Correa de que Washington não teria coragem de invadir a Venezuela. "[O país] possui mais de 33 milhões de habitantes e uma vasta geografia de mais de um milhão de quilômetros quadrados, além de uma população atualmente unida contra um inimigo comum", destacou o escritor.
Ele também ressaltou a reação internacional à agressão dos EUA, mencionando que países como Rússia, China, México e Brasil se manifestaram contra os ataques à soberania nacional. Organizações multilaterais, como o BRICS e a CELAC, também condenaram essas ações, reforçou Britto García.
Washington "confunde sua ilusões com a realidade"
O autor classificou as sanções impostas contra a Venezuela como "medidas agressivas e ilegais", aplicadas por autoridades que não têm jurisdição sobre o país.
A despeito desse cenário, entretanto, ele ressaltou que a Venezuela tem demonstrado uma forte coerência desde que Hugo Chávez assumiu o poder no final do século XX, resistindo a diversas agressões e que tal bloqueio que já dura mais de 11 anos.
Assim, enfatizou que "os Estados Unidos estão confundindo suas ilusões com a realidade", promovendo a mentira de que o povo venezuelano quer derrubar o governo atual.
