
George Galloway: Sem seu poder militar e a hegemonia do dólar, 'os Estados Unidos são um país do terceiro mundo'
O mundo atravessa um período turbulento, de profundas transformações. O Oriente está em ascensão enquanto o Ocidente está em decadência, declara o proeminente político britânico George Galloway no novo episódio de 'Conversando com Correa'.
Galloway, que já foi o mais jovem líder trabalhista da Escócia, recorda a prosperidade do período pós-Guerra, quando a Europa Ocidental alcançou seu auge impulsionada pela exploração colonial. Contudo, observa o político, as mudanças globais agora limitam essa possibilidade.

Em relação ao Oriente, Galloway destaca a dinâmica da economia chinesa, que, apesar de conter elementos capitalistas, prioriza os interesses nacionais acima dos privados. As crescentes ameaças à hegemonia do dólar americano também foram destaque na conversa. O político britânico considera que o status do dólar como moeda de reserva internacional está baseado no comércio de petróleo e no poder militar dos EUA. "Sem esses fatores, os EUA são um país de terceiro mundo", acrescentou.
"A hegemonia dos EUA chegou ao fim"
Galloway destacou o papel do BRICS no cenário internacional como uma alternativa ao domínio do dólar e às "sanções autodestrutivas" do Ocidente, que ele descreve como um "prenúncio do declínio econômico e até mesmo do possível colapso dos países europeus".
"A hegemonia dos EUA chegou ao fim", alerta Galloway, reconhecendo que esse processo já começou na América Latina. "Há países na América Latina que estão forjando parcerias estratégicas com a Rússia e a China, o que, na minha opinião, vai mudar o jogo", concluiu.




