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Visita de Macron aos EUA foi um fracasso - imprensa americana

As tentativas do presidente francês de obter garantias de segurança para a Ucrânia foram uma "perda de tempo", revelou uma autoridade europeia.
Visita de Macron aos EUA foi um fracasso - imprensa americanaGettyimages.ru / Tom Williams

O presidente francês, Emmanuel Macron, não conseguiu obter garantias concretas de segurança dos Estados Unidos para a Ucrânia durante suas recentes conversas com o presidente Donald Trump em Washington, informou o site Politico na quarta-feira (26), citando fontes.

De acordo com a publicação, Macron tentou convencer Trump a assumir compromissos em favor de Kiev, mas sem sucesso. Depois, relatou os resultados das conversas a seus colegas da União Europeia em uma videoconferência de 30 minutos convocada às pressas.

"[Macron] disse que Trump não fez nenhuma promessa clara de apoio. Portanto, de fato, a ambiguidade estratégica sobre esse assunto permanece", afirmou um diplomata da UE, referindo-se à possibilidade de uma força de manutenção da paz na Ucrânia.

Outra autoridade europeia, que não teve sua identidade revelada, foi ainda mais crítica, classificando a reunião entre Macron e Trump como "uma perda de tempo".

Reunião fracassada

Trump se reuniu com Macron na Casa Branca na segunda-feira (24) e reiterou seu desejo de encerrar as hostilidades entre Rússia e Ucrânia, mas evitou condenar Moscou.

Macron declarou que também busca "uma paz forte e duradoura na Ucrânia", mas enfatizou que isso "deve ser acompanhado por garantias de segurança sólidas e confiáveis para os ucranianos".

Após o encontro, Trump afirmou que "não tornará as garantias de segurança muito maiores", acrescentando que a responsabilidade principal deve ser da União Europeia.

"Soldados da paz"

O presidente dos EUA também deixou claro que não enviará tropas americanas para a Ucrânia, embora autoridades da UE ainda esperem que Washington ofereça outros tipos de apoio a futuras forças de paz.

Segundo o Wall Street Journal, Reino Unido e França avaliam um plano para enviar até 30 mil "soldados da paz" à Ucrânia caso Moscou e Kiev cheguem a um cessar-fogo.

De acordo com a publicação, a força teria como objetivo proteger infraestruturas essenciais do país, sem ser enviada diretamente à linha de frente. No entanto, sem o apoio de Trump, o plano europeu enfrenta dificuldades para avançar.

A Rússia tem reiterado sua oposição ao envio de forças de paz não autorizadas para a Ucrânia, alertando que qualquer tropa estrangeira nesse contexto seria considerada um alvo legítimo.