As delegações russas e norte-americanas se reuniram na quinta-feira (27) em Istambul, na Turquia, como parte do processo de reaproximação entre as partes, motivado pelo telefonema "histórico" entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin. É o segundo encontro após as negociações realizadas na Arábia Saudita na semana passada pela primeira vez desde o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse na quarta-feira (26) que as delegações da Rússia e dos EUA discutirão o trabalho das embaixadas de seus países em Istambul.
"Nossos diplomatas e especialistas de alto nível se reunirão e abordarão os problemas sistêmicos que se acumularam como resultado das atividades ilegais da administração anterior [Joe Biden] na criação de obstáculos artificiais ao trabalho da embaixada russa, aos quais, é claro, respondemos com reciprocidade", afirmou Lavrov.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse na segunda-feira (24) que Washington planeja, nas próximas conversas bilaterais, "começar a delinear o que a Rússia precisaria" para resolver o conflito na Ucrânia.
- As primeiras conversas entre as delegações de Moscou e Washington ocorreram na capital da Arábia Saudita, Riad, em 18 de fevereiro.
- As conversas foram descritas como "muito positivas" pelos representantes da delegação russa, enquanto o lado americano as chamou de "primeiro passo histórico de muitos que estão por vir".
- Nesse contexto, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que está mantendo "conversas sérias" com seu homólogo russo, Vladimir Putin, que buscam tanto pôr fim ao conflito na Ucrânia quanto abordar "importantes operações de desenvolvimento econômico, que serão realizadas entre os EUA e a Rússia". "As conversas estão progredindo muito bem", disse ele.
- Em 24 de fevereiro, o presidente Putin expressou a disposição de Moscou de "trabalhar com parceiros estrangeiros na exploração de terras raras".