Calin Georgescu, vencedor do primeiro turno das eleições presidenciais na Romênia, cujos resultados foram anulados em dezembro passado, estará sob controle judicial por 60 dias, informou nesta quarta-feira o site News Bukuresti.
Essa condição significa que o político permanecerá em liberdade, mas com certas restrições de movimentação. No âmbito da investigação, foram apresentadas acusações que podem resultar em até 20 anos de prisão, caso o futuro processo penal confirme as alegações.
Entenda o caso:
Georgescu foi detido para ser interrogado sobre registros de ações contra a ordem constitucional em vários condados, incitação pública, "criação de uma organização fascista" e "declarações falsas" sobre as fontes de financiamento de sua campanha eleitoral.
Em dezembro, o Tribunal Constitucional da Romênia anulou os resultados do primeiro turno das eleições presidenciais do país, nas quais o político, um candidato independente que se manifestou abertamente contra a OTAN, foi o vencedor.
A anulação veio após setores da política romena acusarem Georgescu de ser pró-Rússia, apontando para uma suposta intervenção de Moscou no pleito. A Agência Nacional de Administração Tributaria do país já descartou essa possibilidade.
O candidato então entrou com uma ação na Suprema Corte para contestar a anulação dos resultados da eleição. O advogado do candidato descreveu a situação como "uma violação flagrante da constituição" e "um golpe de Estado".