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Grupo norte-americano tem compra de ouro ilegal da Amazônia barrada pela Receita
A empresa StoneX realizou transações com grupos autuados por crimes como desmatamento ilegal e uso irregular de mercúrio.
A companhia Stonex, uma das maiores empresas do setor financeiro dos EUA, possui em sua rede de fornecedores de ouro cooperativas de garimpeiros autuados por crimes ambientais como desmatamento ilegal e uso irregular de mercúrio. Esses grupos operam em áreas de garimpo localizadas às margens de unidades de conservação da floresta amazônica, de acordo com o Repórter Brasil.
Documentos obtidos pelo veículo mostram que a rede de fornecedores da StoneX inclui ainda uma empresa investigada pela Polícia Federal, a Parmetal, por possível envolvimento em esquemas de exploração ilegal de ouro no Pará, em 2021.
As notas fiscais das transações apontam a venda de ouro por uma empresa intermediária - a Coluna DTVM - para a StoneX Commodities DMCC, subsidiária do grupo em Dubai.
Nessas notas, os valores das transações alcançam cifras de R$ 4,6 milhões (09/2023), e R$ 8,9 milhões (10/2024).
De acordo com Ane Alencar, diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, "há uma facilidade muito grande do ouro que é extraído ilegalmente entrar no sistema de vendas oficial".
Para a geógrafa, é fudamental o governo exigir transparência e rastreabilidade nas transações que envolvam o minério.