Washington pretende discutir, nas próximas reuniões, quais passos Moscou estaria disposta a dar para resolver o conflito na Ucrânia, afirmou o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em entrevista ao Breitbart News na segunda-feira.
"O próximo passo é nos reunirmos novamente com eles em algum momento, com certas pessoas na sala, e começar a delinear o que seria necessário para a Rússia interromper[o conflito]", explicou Rubio.
Ele acrescentou que também é essencial ouvir o lado ucraniano, pois, segundo ele, "não é possível encerrar uma guerra sem que ambos os lados concordem com isso".
Na mesma linha, Rubio destacou que a principal questão na reunião entre Rússia e EUA na semana passada, em Riad, capital da Arábia Saudita, foi se Moscou "está interessada em acabar com esse conflito ou não".
"Muitas pessoas não sabem a resposta para isso. Se você conversar com algumas pessoas na Europa, elas dirão que Putin não quer encerrar a guerra. Eles disseram que aceitariam [o fim do conflito], sob as condições certas", afirmou.
ONU precisa voltar à sua missão
Ainda na entrevista, Rubio revelou que os EUA votaram contra a resolução da ONU que criticava Moscou sobre o conflito na Ucrânia porque o texto era "antagônico" à Rússia.
"Sinceramente, não achamos apropriado ter algo na ONU que fosse hostil a qualquer um dos lados", disse. "Se a ONU quiser ser útil no século XXI, precisa voltar à sua missão, que é a prevenção e o fim das guerras e conflitos", acrescentou.
"Mas agora, como o presidente deixou claro, Donald Trump quer acabar com essa guerra. Ele acredita que já houve mortes demais e deseja encerrar o conflito. Por isso, não achamos que fosse produtivo aprovar uma resolução na ONU que se colocasse contra qualquer uma das partes", concluiu o secretário de Estado.