Na segunda-feira (24), o representante permanente da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, destacou que o Conselho de Segurança aprovou a resolução dos EUA sobre o conflito na Ucrânia em sua versão original.
Segundo ele, o "partido da guerra", representado pelo regime de Kiev e seus aliados europeus, mantém sua postura intransigente.
"Observamos um desenvolvimento construtivo na posição dos EUA sobre o conflito, o que, entendemos, se refletiu na resolução apresentada hoje ao Conselho de Segurança", afirmou o diplomata.
O diplomata sênior acrescentou que a Rússia apoia uma abordagem equilibrada, baseada em um texto curto e abrangente.
Nebenzia criticou delegações europeias que, segundo ele, tentaram "sabotar abertamente os avanços positivos na gestão da crise".
"Procuraram distorcer o texto com trechos politizados e parciais, que não contribuem para a paz, mas têm justamente o objetivo de impedir qualquer solução", afirmou.
Europa "militarista"
O diplomata acusou a União Europeia e o Reino Unido de evitarem mencionar, no contexto da Ucrânia, o respeito aos direitos humanos e o direito à autodeterminação dos povos. Ele argumentou que a violação dessas normas pelo regime de Kiev está no cerne do conflito.
"É evidente que a Europa, que se tornou militarista, é o único ator internacional interessado na continuidade da guerra, resistindo com todas as forças a qualquer iniciativa realista de resolução", declarou.
Ele ressaltou que essa é a primeira tentativa do Conselho de Segurança de aprovar uma resolução "construtiva e voltada para o futuro", focada na paz em vez do confronto.
"No entanto, não nos iludamos. O 'partido da guerra', representado pelo regime de Kiev e seus aliados europeus, não recuou, e a tentativa de hoje de distorcer o texto dos EUA comprova isso", concluiu.