Espanha propõe primeiros passos para um 'exército europeu' conjunto

Jose Manuel Albares, ministro das Relações Exteriores da Espanha, defendeu, nesta segunda-feira, que a União Europeia (UE) desenvolva e fortaleça forças militares dentro do próprio bloco.

"A ameaça é europeia e portanto a resposta deve ser europeia", afirmou, citado pela imprensa espanhola, antes de uma reunião dedicada à Conselho de Relações Exteriores da UE, que está sendo realizado em Bruxelas.

Para Albares, os gastos devem ser financiados em nível europeu, perpassando a autoridade de orçamentos nacionais. Na prática, isso significa que governos locais não deveriam ter que aprovar aumentos nessa alocações.

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Ele defendeu ainda que o bloco deveria possuir ''forças de implantação rápida que poderiam ser o embrião, até mesmo, de um exército europeu do qual falamos com frequência''.

Nesse contexto, a representante da União Europeia para Assuntos Externos e Política de Segurança, Kaja Kallas, apontou a preocupação dos ministros europeus frente às recentes declarações de Donald Trump.

Desde o início de seu novo mandato, o presidente norte-americano tem solicitado aos europeus uma maior contribuição para a OTAN e que assumam a responsabilidade por sua própria segurança.

• Na semana passada, o presidente da França, Emmanuel Macron, apontou que as discordâncias em relação a políticas de segurança entre estados europeus impossibilitariam uma força comum.
• O líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, por sua vez, sugeriu que suas forças militares poderiam formar a base de um "exército europeu", defendendo que a "Europa precisa se ajustar" à nova posição dos EUA.